Eu sou uma Holmes

Capitulo 22 - Mycroft.

Capítulo 22 - Mycroft.

- Você não se cansa né? Sinceramente, eu não sei oque faço mais com você Euros.- Sherlock fala impaciente.

Estamos na delegacia, a minha vontade é esbofetear seu rosto e xingá-lo até não poder mais, mas estou atrás das grades.
Eu me superei nessa.

- Porque você tá aqui? Não preciso de você e não preciso de sua compaixão.- falo bufando.

- Nem assim você aprende né? Vou deixá-la passar uma noite aqui pra você refletir melhor seus atos. Até mais Euros.- ele fala com um olhar decepcionado e sai.

Como eu previa, mesmo se eu mostrasse a gravação ele iria pirar e eu não receberia o crédito.

Miguel com certeza nunca mais vai se aproximar de mim depois da situação em que fiz ele passar.
Parece que dessa vez estou sozinha, de novo.

Sento em um dos bancos da cela e me encolho lá, só quero paz.

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Ouço o som da cela se abrindo, quanto tempo será que estou aqui? Acho que horas talvez.
Levanto o olhar e me deparo com um rosto conhecido.

Homem misterioso, é você?

- Você é o homem de antes né? Não te esperava ver novamente, precisa de algo? - pergunto.

Ele parece me analisar, como se estivesse conferindo pra ver se eu estou bem.

- Como você é suspeita e uma menor de idade, só passará a noite aqui, mas não mais, eu assinei o termo de responsável para te liberar.- ele fala e sua voz me parece mais familiar do que sinto em alguém estranho.

Sinto que posso confiar em sua palavra.

- Porque ajudar uma completa desconhecida? - pergunto curiosa.

- Porque eu posso.- ele fala bem direto e sincero.

Ainda sim não vejo muito motivo pra me ajudar, mas é uma boa resposta, talvez ele seja um bom samaritano ou um enviado do Sherlock.

- Bom, eu agradeço, mas se foi o Sherlock que te mandou até aqui, eu prefiro ficar, não quero nada dele.- falo curta.

- Pensei que fosse mais esperta, mas não foi ele que me mandou, você pode ficar em paz.- ele fala.

- Então qual seu nome? Preciso saber para um dia retribuir o favor, me sinto estranha e ingrata em não puder fazê-lo.- falo.

- Você não precisa, considere um ato de bondade, aliás, era só assinar uns termos, nada a ser exaltado.- ele fala num tom calmo.

Sorrio.

- Me chamo Euros.- falo me levantando e estendendo a minha mão.

O mesmo olha pra mim sorrindo com os olhos e aperta a mesma.

- Mycroft.- ele fala apertando a minha mão e depois a solta.

Sorrio.

(...)

- Eu até pagaria um táxi pra você, mas teria que ter certeza que iria pro orfanato novamente. Fiquei sabendo de toda situação.- Mycroft fala.