Capitulo 05 - Sherlock.

720 66 16
                                    

Como pode existir alguém assim?
Ele é igual a mim.
Um formigamento de ansiedade surge em minha barriga. Não poder controlar e saber o futuro das coisas é péssimo, ainda mais pra mim, que amo planejar tudo.
Odeio essa sensação, péssimo!

- Impressionante, sou a Euros.- falo trêmula e ele assenti com a cabeça. - Agora é a minha vez.- falo e ele segue firme.

- Sua vez? Euros, você tem que descansar, agora!- Dr.Watson fala me interrompendo.

Droga, seria divertido.
Sherlock parece se frustar um pouco mais ignora.

- Você sempre estraga a graça de tudo Watson.- Sherlock fala e se senta em uma poltrona da sala.

Watson respira fundo parecendo tentar se auto controlar para não explodir de raiva.
Ele parecem ser bem íntimos, próximos.

- Olha, eu realmente já estou bem melhor, já posso ir embora e você pode atender seu amigo viciado.- falo e tento me levantar mas o mesmo me impede.

Sherlock faz uma cara de indignação e o Watson controla um pouco a risada enquanto me impede de levantar.
Parece que ele se ofendeu, então é um fato?

- Viciado? É sério isso?- Sherlock fala um pouco irritadiço.

Dou uma risada de sua indignação, todas as reações são basicamente assim.
Eu deduzo, acerto e eles reagem com indignação.

- Desculpe, eu estou errada? - falo arqueando uma sobrancelha e ele fica curioso.

- Não, não está. Agora deite-se e tente dormir novamente.- Watson fala enquanto me força a ficar deitada.

Acabo resistindo e deito novamente na cama do hospital.
Não tenho muito oque fazer, ainda estou ferida e não duraria horas sem repouso necessário.

Sherlock ainda me observa com um olhar curioso.
Watson parece perceber e revira os olhos, parece estar acostumado com a situação em que está.

- Vem, vamos deixar você descansar.- Watson continua e pega Sherlock pelo braço levando ele para fora da sala, o mesmo recua mas segue com ele.

Droga.
Por mais que eu precise descansar eu preciso ainda mais de proteção.
Se aquele casal louco souber que estou aqui eles literalmente me matarão!
E eu ainda vivi muito pouco pra tal coisa.
Tenho tantos desejos! Visitar a praia, comer sorvete até vomitar, encontrar uma família, aprender a dirigir pra sair com Sara e o velhinho da praça, não quero e não posso morrer agora!
Tenho que fazer algo imediatamente.
Como Sherlock é detetive, ele trabalha pra polícia e isso é bom, por mais que eu não goste de envolver a polícia nisso, eu preciso ou morro.

Eles saem pela porta e eu grito logo em seguida na esperança de algum deles ter ouvido e atender o meu chamado desesperado.
Em vão.
Eles não parecem ter escutado, mas oque é isso? Paredes a prova de som? Ou eles são surdos mesmo? Ou pior, me ignoraram?
Droga, Euros.
Oque eu faço agora?

Um sentimento de incerteza com medo toma posse do meu coração, fazendo que com minhas mãos fiquem suadas e trêmulas.
Pigarreio.

A porta se abre rapidamente em seguida, Sherlock entra e me olha com o mesmo olhar curioso de antes.
Porque ele é tão desconfiado?
Seria uma mania de detetives?

Ele entra na sala e se aproxima da minha cama.
Watson entra logo em seguida com uma cara de impaciência.

Parece que eles tiveram uma breve discussão na qual Watson não saiu vitorioso.
Mas parece que os dois vivem tendo discordância entre si, mas ambos habituados a isso.

- Você está envolvida em algum crime e precisa de mim, fale.- Sherlock fala bem calmo como se pudesse ler meus pensamentos desesperados.

Eu sou uma HolmesOnde histórias criam vida. Descubra agora