Capítulo 16 - Alice.
A menina parece se acalmar lentamente sozinha.
Ela se senta no degrau da escadaria e eu me sento ao seu lado.- Tá melhor? - falo olhando pro horizonte tentando manter ela confortável.
- Estou sim.- ouço uma voz fina e baixa falar ao meu lado.
- Borboletas.- falo ainda olhando a vista do jardim do orfanato.
- Oque? - ela fala um pouco mais alto e se vira pra mim.
Me viro pra ela e dou um sorriso.
- Quando vejo borboletas ou alguma se aproximar de mim eu me apavoro e começo a surtar, embora pareça engraçado, o medo que sinto na hora é aterrorizante.- falo esboçando um sorriso e me virando novamente a paisagem.
- Ah sim.- ela fala suspirando baixo.
Suspiro também.
- Que bom então que estamos no outono e não na primavera né? - ela fala se virando novamente pra mim com um sorriso.
Rio da piada dela concordando com a cabeça.
- Tá tudo bem sentir medo ou se apavorar as vezes por algo, a única coisa que podemos fazer é só se conformar com isso, superar e quando ver até lá, talvez nem tenha mais medo.- falo e ela dá um pequeno sorriso.
Ela murmura um obrigado baixinho.
- Mas porque tem medo de borboletas? - ela pergunta curiosa elevando a voz.
Começo a rir e ela fica sem entender.
- Não se assuste ou tenha ma impressão dela, mas, a diretora daqui falou comigo quando era criança que as borboletas entravam no ouvido de crianças que aprontavam enquanto estão dormindo.- falo me virando pra ela rindo e ela se junta pra mim.
- Ainda bem que sou uma boa criança. - ela fala convencida e eu mostro um joia pra ela.
De repente um momento de silêncio se paira entre nós, cessando a conversa, fazendo que nos deixe apenas com nossos pensamentos.
..
Olho pra ela e a mesma parece pensativa e hesitante, está em dúvida se me conta o motivo ou não do medo do fogo.
- Tá tudo bem, se não quiser contar, eu não vou te obrigar, você só conta se quiser, ok? - falo.
- Não! Eu queria desabafar com alguém oque aconteceu mesmo.- ela fala de repente.
Afirmo com a cabeça pra que ela comece a história, a mesma respira fundo parecendo se preparar pra contar.
...
- Eu não era órfã. Aconteceu um acidente onde eu morava, me lembro que a noite enquanto eu estava dormindo, a minha mãe me acordou aos gritos e a fumaça juntamente com umas chamas já estava queimando o local.
Eu fiquei em transe, não sabia oque fazer e nem oque falar, por desespero comecei a chorar muito...- ela fala e respira se recompondo das lágrimas que insistem em descer dos seus olhos.Coloco a mão em seu ombro e ela segue firme.
- A minha mãe tomada pelo desespero também me pegou pelo braço e me conduzia até a saída, mas tinha muita fumaça e era quase impossível de respirar, de até mesmo enxergar! Eu e minha mãe tossíamos muito e com muita dificuldade procurávamos um escape, até que minha mãe pediu pra que eu esperasse e de repente separou de mim, um momento depois ela chegou com um pano molhado e falou pra eu colocar no nariz e eu imediatamente obedeci.- ela fala dando uma pausa novamente já chorando.
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Eu sou uma Holmes
Adventure(Livro baseado na série "Sherlock" da BBC) (Escrito por uma fã, numa versão um pouco diferente, onde pode haver variações conforme o decorrer da história.) Nessa versão da história do famoso detetive Sherlock: Conta a história de Euros Wook uma garo...