If You Want Love - Markhyuck.

Chapter Thirty

Narradora

— Afaste-se de mim,  seu lixo! — proferiu Chaerin, enojada, abraçando seu próprio corpo enquanto recuava seu corpo até chocar-se com a parede atrás de si.

Haechan atravessou a rua todinha com Mark ao seu lado e assim que chegaram em frente a mais velha, Hyuck começou.

— Você que me procurou! Se não tivesse me seguido todos esses míseros dias, em todos os cantos, como se não tivesse sua vida própria, eu não estaria aqui. Acha que é justo? Que é uma boa atitude ficar seguindo uma pessoa como se fosse algum tipo de stalker? — encheu a mulher de perguntas.

Mark não falou nada, até porque sabia que seu namorado iria fazer aquilo de forma esplêndida. Só continuou dando apoio, segurando na mão de Haechan. Mas o canadense podia sentir a mão do mais novo tremer.

— Fiz isso para que você não fizesse outra vítima! — justificou-se. Séria.

Haechan não podia ficar mais chocado. Riu de forma debochada.

— Vítima?! Minha senhora, você está em sua consciência plena? Até onde eu saiba, não era minha pessoa que ficava perseguindo um adolescente do ensino médio, sendo que tem no mínimo mais de 25 anos na cara. A vítima sou eu! — Donghyuck, enraivecido. Não deixava de encarar a mais velha mesmo que suas mãos tremessem mais do que tudo.

— Aposto que vai ser só questão de tempo até você seguir os passos do seu pai! — falou, no mesmo tom que o filho.

Haechan passou sua língua pela parte interna da bochecha. Indignado e puto.

— Não. Não vou. Sabe por quê? Porque sou Lee Donghyuck, filho de Lee YoungHeum e Seo Johnny. Dois homens maravilhosos que adotaram uma criança traumatizada pela mãe biológica que o tentou afogar numa banheira. Sei jogar basquete, toco piano, sei cantar, cozinhar, dançar, sou ótimos na maioria das matérias da escola, trabalho meio período por vontade própria, sou fluente em coreano, inglês e tailandês. Sou um homoafetivo que é muito carinhoso com todos aqueles que estão ao seu redor. Eu sei respeitar as pessoas. Podia muito bem ter ido atrás de você, e feito a mesma coisa que você fez comigo, porém, não fiz. Eu tenho classe, educação, estudo, uma família, amigos, e nada disso foi você quem me proporcionou. Aliás, na verdade, me proporcionou sim algumas coisas; traumas, ansiedade, desconfiança, insegurança, falta de amor próprio. Mas sabe de uma coisa? Eu sou tão, mas tão incrível, que consegui superar toda essa porcaria que você me fez passar. Eu sou feliz agora. Sou um homem forte. Capaz de superar qualquer obstáculo que a vida me colocar novamente. Então, não, não me resuma a um fruto de estupro. Não tenho culpa no que aquele monstro fez com você e muito menos vou repetir as ações dele. — cuspiu tudo que tinha entalado em sua garganta por todos os seus anos de vida. Segurando lágrimas e recebendo as carícias de Mark em sua mão.

E, agora, superou mais um obstáculo: seu passado.

Deixou a mulher paralisada ali mesmo e seguiu para casa com o canadense. Este que estava muito orgulhoso porque mais uma vez seu namorado enfrentou tudo de frente, mostrando mais uma vez que ele é uma pessoa muito corajosa.

— Amorzinho, você é incrível demais! — disse todo sorridente, parando para abraçar Haechan, que sorriu maior ainda.

{●}

Estava de noite e como sempre, Mark iria para a casa de Donghyuck. O canadense só deixou o mais novo em casa e voltou para procurar emprego. Cada dia que passa ele fica mais desanimado com as chances de conseguir. 

Sua mãe não estaria em casa, então ele iria jantar na casa dos sogros. É, gente, olha a evolução: sogros.

Cumprimentou os seguranças como sempre é foi seguindo o pequeno caminho de brita que levava até a porta amadeirada da casa do seu ruivinho.

Tocou a campainha, se identificou no interfone e foi adentrando o casarão, normalmente. Seu coração palpitava mais rápido ao decorrer em que ele entrava e via as luzes apagadas. Estava tudo silencioso que o canadense começou a pensar em mil e uma coisas ao mesmo tempo.

— SURPRESAAAA! — escutou várias pessoas, ao mesmo tempo que a luz da sala enorme se acendeu. Levou um susto tão grande que até deu um pulinho, colocando a mão no peito esquerdo.

Haechan, Jeno, Jaemin, Renjun, Somi, Chittaphon, Yangyang, Jisung, Chenle e Johnny olhavam para Mark enquanto riam da reação do mais novo. Alguns tinham o chapéuzinho em forma de cone todo colorido, outros estouraram fogos de confete, outros tinham presentinhos em mãos, enfim, Mark só ia percebendo os detalhes aos pouquinhos.

— Feliz aniversário, meu leãozinho! — Haechan, todo alegre, segurando o bolo do arroxeado em mãos.

O mais novo pediu um bolo simples. Sabe que Mark não gosta de coisas extravagantes como ele.

— Amorzinho... — proferiu, Mark, sorridente, com o coração quentinho enquanto olhava com um brilho inexplicável nos olhos para todos que estavam ali.

Quando que ele mesmo pensou que iria receber uma festa supresa de pessoas que o amam? Nunca. Mas, agora estava aqui, quase chorando de emoção com todas as pessoas que ama o olhando em expectativa.

É... esse ano está cheio de emoções.

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Gente, e se eu dissesse que estamos perto da reta final? 🤧