Chapter Twenty One

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Narradora

Mark até recuou, retirando suas mãos do corpo do mais novo e se afastou, em pura relutância. Não quer voltar a estava zero. Não quer perder tudo que progrediu. Não deixava de olhar para Hyuck.

O coreano voltou a ter o mais velho em seu campo de visão.

— Preciso pensar, Mark. Não quero que vire novamente uma bola de neve. Além do mais... — seu tom era sério, confiante, sequer desviava. — Você acabou de beijar aquela criatura de Deus. Nem escovou os dentes... — proferiu, baixo, franzindo o cenho, um pouco envergonhado e nem sabia o porquê. 

Minhyung sentiu um alívio. Soltou até uma risadinha soprada, negando com a cabeça ao ouvir a última frase. Segurou uma das mãos de Hyuck apenas para deixar um selar e novamente, relutante, o soltou.

Suspirando pesado, enfiando suas mãos dentro dos bolsos e olhando Haechan por apenas mais um momento. Ainda pensou em relembrar o mais novo da data do interclasse, já que ele passou na preliminares e vai junto de alguns dos seus membros. Lembra de Hyuck sempre o apoiando em todas que tinha, ou da vez que ele não parou de gritar para aquecer antes de entrar na piscina, para evitar câimbras.

Deixou apenas mais umas palavras, sentindo seu coração doer, porque eram as mais sinceras. 

— Só... Por favor, não deixa de falar comigo. Acho que eu não aguentaria. — sentia seus olhos lacrimejarem, então levantou seu olhar para o teto na tentativa de impedir que as lágrimas caíssem.

Haechan estava calado. Apenas olhava para Mark. Inclusive, o viu sair de seu quarto em passos lentos. Foi aí que o mais novo se jogou na cama. Era tarde. Sua cabeça doía de tanta que coisa que tinha que pensar. Só queria dormir.

{●}

Lee Minhyung 

Esquanto fazia o aquecimento junto de uns colegas da minha sala, meus olhos passavam pela multidão. De novo, de novo, e de novo. Hyuck não iria vir. Engoli em seco. O árbitro já nos mandou ir para nossos lugares. Fui, novamente sem confiança alguma.

Desde o incidente da semana passada, Hyuck não falava mais consigo. Até evitaram de sentar na mesa rotineira da cantina. Jaemin e Jeno quase me mataram quando foram tirar satisfação comigo sobre aquela grande merda que aconteceu. Renjun nem se fala... quando ficou sabendo, meu Kakaotallk explodiu de tanta notificação de mensagem.

Já estava entrando num processo de aceitação. Coloquei minha touca, pondo meus cabelos para dentro da mesma.

Eu perdi ele. Já era. Não teria mais o meu solzinho ao meu lado. Não poderemos mais assistir nenhuma comédia romântica.

Me posicionei sobre o bloco, olhando para as divisórias de cor vermelha e azul estiradas na piscina e demarcando caminhos.

Não vou mais poder receber cafuné dele até dormir, ou ouvir sua bela e única voz cantando para mim. Não vou poder comer dos seus bolos de laranja, ou kimbap com o famoso suco de uva. 

Abaixei meu corpo, segurando na barra de apoio e inclinando meu corpo para frente.

Não vou poder ouvir sua risada. Não vou poder beijar seus belos e deliciosos lábios. Não vou poder escutar novamente ele gemer o meu nome daquela forma enlouquecedoura ou sequer ficar ao seu lado.

Praguejei mentalmente. O apito soou. Mergulhei num impulso. Meu coração doía. Queria chorar até desidratar, mas não podia.

Por que diabos eu me declarei para ele?

Narradora

Dessa vez não podia perder. Sabia que seu pai iria encher seu saco ou lhe espancar, então teve que manter o foco. Ele nem se deu conta que Haechan chegou junto de mais algumas pessoas antes do apito soar por todo o ambiente. Óbvio que ele não iria perder. Pensou bastante nesse tempo e tinha que dar a resposta ao mais velho.

Ficou no último batente da bancada, escondido, infelizmente. Não achou um lugar melhor. Seus olhos sempre achavam o Min facilmente e dessa vez não foi diferente. Logo estava gritando o quanto podia para demonstrar todo seu apoio ao canadense.

O mais velho estava muito imerso em seus pensamentos. Só tratou de terminar a sua corrida. E conseguiu. Deu empate. Os meninos do seu time foram todos para cima dele, gritando, comemorando. Sabiam que o outro time também era forte. Estavam felizes por ele ter conseguido se igualar. Mark ainda teria outra oportunidade.

O moreno comemorava fracamente. Retirava sua touca e arrumava seus cabelos que ficaram um pouco molhados. 

Haechan aproveitou o intervalo e saiu da bancada, indo até as barras de ferro.

— Mork! — usou uma das piadas internas. O chamava assim para irritar. 

Finalmente o canadense voltou para terra. Olhou para Hyuck rapidamente. Logo já estava correndo em direção à ele.

Ele veio! Ele veio! — era tudo que pensava. Seu coração transbordava alegria.

Abraçou o corpo do mais novo. Senão estivessem sendo separados por aquele maldito cercadinho, já teria  pego o mesmo em seus braços. As pessoas ao redor nem achavam mais a situação estranha. Depois da cena de Haechan chamando Mark de seu, todos imaginavam que eles namoravam. Isso foi chocante para muita gente no início, mas depois se tornou bem frequente vê-los grudados.

— Eu pensei que você tinha desistido de mim, Hyuckie... — comentou num sussurro, meio quebradiço pela vontade de chorar.

Donghyuck deu aquela risadinha infantil e gostosa que sempre teve. Matava Mark de amores.

— Ya, eu não sou tão cruel assim, Hyung. Eu disse que quero vivenciar sua melhora. Temos que conversar depois, sim? — falava no mesmo tom baixinho. Carinhoso. — Vou te esperar lá em casa. Meus pais disseram que hoje vão receber uma visita e que minha presença é necessária, então vim apenas para dar um "oi". — concluiu, se afastando de Mark, o suficiente para conectarem seus olhares.

Minhyung sorria tanto que suas bochechas estavam começando a doer. Olhava para Haechan como se ele fosse a joia mais preciosa do mundo.

Donghyuck falava que era para Mark se esforçar e parar de visitar parte enquanto está competindo.

Minhyung segurou delicadamente seu queixo e deixou um selar demorado nos lábios que tanto sentia falta. Todos ficaram em silêncio por um minuto e começaram a gritar. O mais novo estava estático e vermelho.

— Eu sei, Chanie. Acabei de me recarregar. Estarei lá. — falou da forma mais tranquila e serena.

Minhyung foi se afastando aos poucos. A emoção era tanta que ele não conseguiu se conter e gritou.

— Eu amo você, Lee Donghyuck! 

Mais gritos daqueles que estavam assistindo. O árbitro apitou, pedindo para que assumissem seus lugares. Mark foi colocando a touca, correndo, se despedindo de um Haechan paralisado, tão vermelho quanto um tomate.

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Espero que estejam prontos, brotinhos... se preparem, porque a tempestade está vindo. 👁👄👁

If You Want Love - Markhyuck.Onde histórias criam vida. Descubra agora