If You Want Love - Markhyuck.

Chapter Twenty Two

Contém agressão física e verbal.
Não desistam da fic, brotinhos. 😕
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Lee Minhyung

Ganhamos o primeiro lugar. Nosso time ganhou um troféu e conquistou computadores novos para a sala de informática da escola. Sentia que poderia explodir de felicidade. Já estava terminando meu banho para ir a casa de Haechan. Alguns meninos vieram fazer piadinhas ridículas comigo, mas para esse tipo de gente, recentemente, estou dando apenas o desprezo. 

Eu quero ser feliz ao lado do meu sol. Eu vou ser. Amanhã é sábado, e vai ser aniversário dele. Preparei tanta coisinha para ele. Estou transbordando ansiedade.

Quando finalmente me vesti, peguei minhas coisas e mochila, já saindo do vestuário, me deparei com meu pai.

Senti minha espinha congelar. Engoli seco. Sua expressão não era nada boa. Meu celular estava vibrando muito em meu bolso mas não consegui ver quem ou o que era. 

— Empate, Mark? Te criei para você ser tão fácil assim, e ainda por cima "amar" um garoto? — seu tom grosso, rígido e furioso fazia meu corpo tremer. 

Sentia medo. Sabia que quando chegasse em casa, ele me levaria até uma quase morte. Não tenho o que esconder. Não mais. Ele viu. 

Então assim será.

— Eu... sou apaixonado por um menino, pai. Eu amo ele. Ele... ele me apoiou e me fez mais feliz em menos de um ano do quê em toda minha vida. Eu não perdi o interclasse. Ele sempre vinha me apoiar e me dar forças. Todos os dias de treino. Ele é um menino bom, pai. Eu não queria fazer aquelas coisas ruins com ele. — falei rápido, quase engolindo letras mas tentando não vacilar. Queria chorar. Queria gritar. Queria me mover. Queria tudo, menos rejeitar o Haechan de novo. Não quero negar meus sentimentos novamente e viver naquela porcaria de máscara grosseira e rude.

Eu sou Lee Minhyung, mestiço de 17 anos, apaixonado pela água, boas notas, que gosta de homens e mulheres e me encontro apaixonado por um garoto incrível. 

Vi tantos casos de espancamento por causa de homofobia, e sentia que estava prestes à vivenciar um. 

Seria eu, Romeu? Mas Haechan não está prometido à um nobre, também não pertence a uma casa rival, mas mesmo assim eu o cortejo as escondidas; aliás, cortejava as escondidas. Não chegamos a nos casar, mas eu já o confessei meu amor. Já beijei aquele lábios desenhados e também já o fiz pedir pelos meus toques. Já compartilhamos medos. Sempre nos apoiávamos quando podíamos. Temos até o nosso próprio handshake! Hyuck consegue ser meu amigo, a pessoa que eu amo e milhões de outras coisas.

Não posso ama-lo por causa dele ter o mesmo órgão genital que o meu? Ou não ter dois seios na frente do corpo?

Eu irei morrer por amor? Se for por Lee Donghyuck, eu tenho coragem. Não quero mais o esconder. Não quero vivenciar novamente aquele inferno dos dois anos passados. Eu só queria que meu pai tivesse uma mente mais aberta, mais compreensiva e liberta. Queria que ele me aceitasse e não que eu tivesse que viver a vida de um agente duplo.

— Vamos para casa. — seco. Virou seus calcanhares e se dirigiu ao automovel que usou para vir.

Seja lá o que me aguarda depois daqui, eu irei sobreviver. Eu preciso sobreviver. Porque eu amo aquele menino dos olhos da cor de mel , os cabelos que esbanjam liberdade e o corpo que exala o cheiro de frutas silvestres.