If You Want Love - Markhyuck.

Chapter Nine

Narradora

O domingo foi um dia de desabafos para Mark. Ele ficou sabendo do rolo dos meninos com Renjun e bom... ele ficou um pouco surpreso, não iria negar, mas também não foi um hipócrita ridículo já que ele também faz parte da comunidade LGBTQ+. A única pessoa que não sabia da sua sexualidade era Hyuck — que já estava desconfiando um pouco depois do incidente que aconteceu em seu quarto.

Renjun? Ele sempre teve uma pulga atrás da orelha. Ele via o jeito que Mark olhava vez ou outra para as pernas de Hyuck enquanto o mais novo jogava basquete. Pois é, o chinês ia acompanhar o amigo e acabava pegando o canadense no pulo. Mark não sabia disfarçar e isso já ficou claro. A única pessoa que não notava era Haechan. E olha que ele é o primeiro do ranking, viu? Enfim...

Os Nomin ficaram na casa de Mark conversando sobre Renjun, planejando algo para falar e como falar. Só queriam resolver aquilo tudo de uma vez porquê sentiam muita falta do menor. O canadense fazia uma careta vez ou outra pela melação, ou brincava dizendo que seu nível de glicose já estava elevado demais só de escuta-los — mas isso foi um tremendo erro. Jeno começou a jogar os fatos na cara do Lee sobre o que tinha visto no sábado, expôs todas as coisas boiolas que Mark já disse para eles sobre Hyuck ou que fez. No final, conseguiram calar o mestiço que ficou todo vermelho, desviando o olhar para algum outro lugar do quarto.

A segunda semana iria se iniciar no dia seguinte e Mark tomou aquilo como um novo começo. Está muito empenhado em mudar, e ele irá. Mais uma vez fazia seus exercícios enquanto pensava em como se aproximar do mais novo. Sua cabeça estava repleta de várias ideias mas ao mesmo tempo nada, e foi aí que ele lembrou do quê sua mãe o disse recentemente...

Flashback on

— Seja você mesmo. Transparente. Você sabe que nunca teve motivos o suficiente para praticar aqueles atos absurdos, quanto mais agora... não é possível que o menino que me escrevia cartinhas quase todo dia tenha se perdido dentro de você, ou até mesmo o que me fazia acordar assustada às cinco da manhã porque sentiu cheiro de queimado e encontrou o filho mais novo tentando fazer algum projeto de panqueca enquanto o avental arrastava no chão e a cara suja de farinha. Sei que ter visto a maldade do seu pai de perto pode ter te afetado de alguma forma, mas ele não precisa ser sua fonte de exemplo! — concluiu, acariciando os cabelos do filho que tinha a cabeça deitada em seu peito. 

Flashback off

Mark é um pouco maior que Somi, contudo, ele se encolhe todinho só pra receber o carinho da mãe. Ele aproveitou aquela noite de sexta-feira para receber todos os conselhos possíveis da sua mãe.

É verdade. Seu pai nunca foi um bom exemplo para si. Minhyung odiava quando ele bebia e ficava mais bruto ainda, batendo na mesa com força na tentava de procurar briga com Somi, ou quando ele entrava em seu quarto, só para ver o que seu filho fazia porque naquele tempo os boatos sobre a sexualidade de Mark estavam fortes. 

Lee DongWook sempre se mostrou alguém controlador. Ele quem acabou com todos os sonhos possíveis de Somi na carreira artística com o argumento de que "ela é uma ótima dona de casa para estar se exibindo sem pudor na frente de uma TV", ou que "seu talento culinário é excepcional de mais para que ela esteja em algum outro lugar que não seja na frente de um fogão".

DongWook sempre falava que uma família era constituída por um homem, uma mulher e filhos. Tinha tanta repulsa daquela bandeira colorida que bastava qualquer insinuação mínima e sua expressão furiosa estampava seu rosto. Minhyung nunca queria ser igual seu pai, mas sim igual sua mãe. Fazia tudo por aquela mulher mesmo que as vezes ela tivesse comentado algumas coisas que tenham o machucado, aquelas cujas quais eram iguais às frases homofóbicas que seu pai falava. Provavelmente encheu a cabeça dela de novo. Por isso que Mark passou um tempo afastado de tudo e todos.