Chapter Twenty Eight

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Narradora

O celular de Mark foi quebrado. Henry o jogou contra a parede e acabou caindo no chão, bem longe do canadense. Em pouco minutos a polícia já estava entrando. Quando Minhyung achou que não podia piorar, seu pai o empurrou da escada para atrasar os agentes. Ainda ficou rindo e gritando "Strike".

Aqueles que não foram atingidos pelo corpo do arroxeado foram a passos ágeis e rápidos até o mais velho, o imobilizando e algemando. Outros foram socorrer Mark. Este que só fortaleceu mais ainda sua fé em Deus porque em todas as vezes que sofreu alguma agressão do seu pai, ele não chegou a ter nada muito grave. O máximo foi seu braço quebrado.

Ele se levantava lentamente com a ajuda de Yoona, uma das policiais. Sentia a adrenalina percorrendo suas veias, tão imerso em pensamentos e no quê acabou de acontecer que só notou a presença do ruivo quando ele o abraçou desesperadamente.

Com uma enorme dor no coração, imaginando que Mark provavelmente passou por algo assim antes, Haechan falou, novamente chorando.

- Eu tive tanto medo de te perder...

O ruivo só conseguia pensar no maior privilégio que teve em sua vida: pais que o aceitassem. E Mark não teve.

O canadense sorriu pequeno, abraçando o corpo do menor com todo o amor do mundo. Yoona sorriu de forma doce e compreendeu que deveria sair.

Chittaphon e Johnny chegaram as pressas porquê viram Henry sendo levado. Quando viram Hyuck agarrado a Mark enquanto o segundo citado falava com um policial que tinha o celular dentro de um saquinho de plástico, sentiram um pouco de alívio por eles estarem aparentemente sem machucados.

- Sim, eu estava gravando... - o canadense falava calmamente, alisando uma parte da lateral do seu abdômen que acabou batendo.

Chittaphon já chegou interrompendo tudo, a passos largos, segurando nos rostos dos dois e procurando se tinha machucado alguma coisa no resto do corpo também.

- Ele veio aqui mesmo? Aquele filho da puta! Espero que apodreça na cadeia! - proferiu, bravo, só aí se deu conta do quê falou. Olhou para o canadense, já indo se desculpar.

- Tá tudo bem, eu entendo. Também concordo. Mas minha vó era uma boa pessoa tio... - tentou trazer um pouco de humor, rindo fraco pela dor.

O tailandês sorriu e logo puxou delicamente Mark para um abraço, junto de Hyuck.

- Que bom que voltou, filho! Que bom que vocês estão bem! - disse num suspiro de alívio.

Aquilo fez Mark se emocionar. O tailandês nunca tinha o chamado assim. Se afastaram quando Mark soltou um gemido de dor pela força do abraço que Chittaphon estava impondo.

Johnny apertou a mão do arroxeado e o puxou cuidadosamente para um abraço.

- Que bom que estão bem! Alguns paramédicos estão lá fora, vamos lá. Temos que dar uma olhada nesse machucado aí, Mark. - Johnny pontuou.

Mark concordou, ia se desvencilhar de Hyuck mas o ruivo não soltou. Os três deram uma risadinha e caminharam juntos para a parte de fora, já encontrando a ambulância.

Outro carro chegou; dessa vez o uber, e quem saiu dele foi Somi, completamente desesperada e só ficou ainda mais quando viu seu filho na ambulância.

{●}

Depois de tanto sufoco, finalmente tudo estava resolvido. Henry estava preso, sob investigações de violência doméstica, foi afastado permanentemente da carreira militar e agora Somi já estava dando entrada nos papéis de divórcio.

If You Want Love - Markhyuck.Onde histórias criam vida. Descubra agora