Aparência (Mundo Interior): Cabelos castanhos lisos na altura do meio das costas, com uma franja que vai até as sobrancelhas. Olhos azuis, como os do irmão (Julian), mas mais claros e menos tempestuosos. Seus cabelos normalmente estão presos em um rabo de cavalo, feito por um de seus irmãos (normalmente Daniel), e, na maior parte das vezes, usa pijamas kigurumi de bichinhos, geralmente cor de rosa. Para sair, gosta de usar vestidos de saia rodada, ou tutu por cima de um short jeans.
Altura: 1,12m
Função no Sistema: Colline é o que chamamos de "Trauma Holder" (na tradução literal para o português: "Seguradora de Traumas", no entanto, lançando mão da minha licença poética, chamaremos de "Guardiã de Traumas"). A tarefa dela no sistema é, literalmente, segurar os traumas (que vocês verão com o passar do capítulo) para que ninguém (e principalmente a Host) que não esteja preparado emocionalmente para carregar a carga emocional do trauma, precise carregá-lo.
Temos que lembrar, sempre, que o TDI é um transtorno pós-traumático, causado, principalmente, por traumas severos causados a uma criança, entre seus 6 a 9 anos, quando a sua personalidade ainda está em formação. Dessa forma, para lidar com toda a situação que envolve esse trauma — física e emocionalmente — e para preservar a sua mente, o cérebro dessa criança se fragmenta em alteres: identidades que podem ter sexo, idade e, inclusive, uma raça diferente da raça humana. Esse "fragmento" será, então, aquilo que a criança acha que é mais forte do que si mesma para protegê-la do trauma que esteja sofrendo, do qual tem a impressão (às vezes) de que ela não sairá viva.
Para proteger o sistema (esse conjunto de alteres desenvolvidos pelos cérebros das pessoas com TDI), então, o Trauma Holder guarda o trauma para si, muitas vezes tendo flashbacks realmente vívidos, com marcas visíveis (se for uma agressão física, por exemplo) na pele, e, pode até, ficar preso naquela memória por um tempo, ou para sempre dependendo da gravidade do trauma que esse alter específico tenha vivido.
Idade: 6 anos (Colline é o que os sistemas chamam de "Littles" — em uma tradução livre: "crianças" — e, mais especificamente, uma criança que ficou congelada em seu tempo, devido ao tamanho do trauma que sofreu nessa mesma idade. Também existem crianças que carregam, não memórias de traumas, mas as memórias de uma infância feliz, ou idealizada — chamadas pseudomemórias — como uma infância pela criança que a originou.)
Preferência culinária: Chá e biscoitos
Interesses: Chá, biscoitos, pandas, unicórnios, Show da Luna, colorir, bicicleta
Personalidade: Colline é uma criança muito doce, gentil e muito carinhosa com as pessoas que ela conhece, no entanto ela se torna uma coisinha tímida e introvertida em ambientes muito cheios ou com poucas pessoas que ela não conhece. Além disso, mesmo com pessoas que conhece (a não ser seus irmãos, Daniel e Julian), por causa do teor de seu trauma, Colline é muito retraída em relação a toques.
Gatilho: Toques não consensuais
Quarto
O quarto da Colline fica no segundo andar, frente a frente à porta de Julian. É decorado com temática infantil, com nuvens brancas pintadas em uma parede azul clara, e alguns personagens míticos desenhados a mão. A cama tem os lençóis lilazes, com um dossel "de princesa" feito com uma seda clara. Uma mesa de madeira pintada de branco fica no meio do quarto, sobre um tapete felpudo no formato de uma pegada de coelho, branca e rosa. Sobre o tampo há um jogo de chá de plástico sobre um paninho de renda feita com fibra de coco. Sobre os acentos da cadeira, um coelho e um urso panda de pelúcias ficavam sentados, cada um olhando para sua xícara. Uma caixa de giz líquido colorido fica sobre uma estante, baixo o suficiente para ela alcançar, e ela desenha nas paredes: todos os desenhos podem desaparecer e voltar a reaparecer quando ela bem desejar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
TDI - Transtorno Dissociativo de Identidade
RandomVocê já esteve em uma situação tão traumática, tão traumática, que não tinha capacidade de aguentar a carga emocional ou física que ela te dava? Uma situação tão ruim, tão ruim, que você achou que não iria sobreviver? Agora, imagine como seria fugir...