4.4

12 1 0
                                    

Quando chegamos em casa, consegui assumir o comando e conversar com Jorge, e ele explicou o que tinha acontecido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando chegamos em casa, consegui assumir o comando e conversar com Jorge, e ele explicou o que tinha acontecido.

Depois que ele nos deixou no prédio, ele estava saindo quando viu Paulo entrar e cumprimentar, todo simpático, com Glinda, a porteira gorducha e baixinha do prédio comercial em que o consultório da doutora Justine Wallace funcionava. Achou estranho que aquele homem estivesse ali, então ele se aproximou da mulher de cabelos castanhos com alguns fios grisalhos presos em um coque apertado na base de sua nuca, e perguntou quem ele era.

Descobriu que aquele era o doutor Paulo Lima, ortopedista pediátrico dono de uma clínica autônoma no oitavo andar do prédio.

Ortopedista pediátrico!

A revolta foi tão grande que, em determinado momento, foi difícil dizer quem estava no comando enquanto Jorge contava a história, e isso rendeu uma baita dor de cabeça em Daniel — que foi quem acabou tomando a frente no final das contas. Eu voltei para o Headspace, caminhando pelas ruas estreitas de pedra sabão, os prédios eram altos e com fachadas de vidro espelhado, altos que saíam de vista.

Ouvi o som de asas atrás de mim, e um vento quase me derrubou no chão. E eu não precisava me virar para saber que Banguela estava bem atrás de mim.

Um meio sorriso surgiu automaticamente nos meus lábios, enquanto continuava a andar pelas ruas da cidade, a caminho do vilarejo em que ficava a minha casa. Ouvi o som das asas arrastarem-se no chão e um braço forte em volta do meu pescoço, enquanto algo bloqueava, como uma capa, o vento que mexia meus cabelos suavemente.

— E aí? — Banguela perguntou, puxando-me para um abraço lateral.

— Você não deveria estar lá em cima? Na reunião? — perguntei, indicando o prédio do qual tínhamos acabado de sair no final da rua.

— Depois Norte vai nos reunir pra falar sobre o que quer tiverem decidido. — ele falou, sem qualquer interesse.

— Por que você está me seguindo? — perguntei, cruzando os braços em meu busto, ainda olhando para frente.

— Você está bem? — perguntou. — Você... Não parecia bem quando saiu da terapia, então teve aquela experiência com a Colline e tudo o mais... Eu sei quão fortes são as crises para você quando está perto quando ela está no comando. — apertei meus braços, encolhendo-me naquele abraço protetor. — Vocês nunca conversam, mas você é a única que sente exatamente o que ela sente, independente disso.

— Banguela...

— Conversa comigo. — ele falou, parando-me e colocando-me de frente para ele. — Conversa comigo, Leah. Você sabe porque é a única que consegue sentir o que a Colline sente quando ela está no comando? — engoli o seco, apertando os olhos para segurar as lágrimas. — Tem a ver com aquele dia, não tem? Você não foi a primeira a acordar no corpo, foi?

— Banguela... Não. — falei, sentindo minha garganta fechar.

— Você e Jade são irmãs, mas não se falam. Você sente o que a Colline sente quando ela está no comando. — um nó se formou em minha garganta e uma lágrima escorreu pela minha bochecha. — A Colline foi a primeira que apareceu, não foi? E você ainda culpa a Jade pelo que aconteceu?

— Não! — falei, me afastando dele e abrindo os olhos, finalmente. — Eu não culpo a Jade de nada! Não é culpa dela o que aquele filho da puta fez com a gente! Eu só quero... Só quero protegê-la... Ela é minha irmãzinha, mas... Eu faria tudo para protegê-la, mas... — apertei meu peito, sentindo as lágrimas escorrerem já sem controle pelo meu rosto. — Ela... — respirei fundo, fechando os olhos. — Foi ela quem aguentou a maior parte do que aconteceu depois. Foi ela quem aguentou as consequências de tudo que eu fiz naquela noite. — meu peito se apertou ainda mais, e eu o senti me apertar contra o seu peito musculoso e levemente escamoso, protegendo-me em um casulo com suas asas. — Foi minha a culpa de ela ter tentado nos matar naquela noite. 

Desculpem eu não ter falado com vocês antes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Desculpem eu não ter falado com vocês antes.

Eu estou um pouco desanimada esses dias, mas, enfim. 

Também não tenho muito o que falar sobre esse capítulo além de... A Leah se culpa pela Jade ter feito algo? A Jade tentou os matar? Como? OMG. 

Enfim. Como vocês estão? Estão fazendo EAD ou alguma coisa assim? Porque eu to, e eu to D-E-S-E-S-P-E-R-A-D-A. 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
TDI - Transtorno Dissociativo de IdentidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora