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― Ela bloqueou tudo o que tinha a ver com essa memória, ou qualquer memória parecida com essa

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― Ela bloqueou tudo o que tinha a ver com essa memória, ou qualquer memória parecida com essa. ― falei, jogando-me no encosto do sofá, com os braços cruzados ― Eu tento dizer que não é culpa dela, tento assegura-la de que ela está segura, sempre segura, mas... Colline tem muita vergonha de falar sobre o que aconteceu, e isso sempre faz com que ela tenha ataques de pânico.

― Ela é uma menininha muito corajosa, né? ― disse Loki, e eu ponderei com a cabeça por alguns instantes.

― Colline é uma das crianças mais corajosas que eu já conheci. ― falei, respirando fundo. ― É a coisa mais preciosa da minha vida. Eu faria tudo para protegê-la. ― virei para Loki ― Tudo, entendeu?

― Eu entendi, mas... Julian, acho que nunca te perguntei se está tudo bem pra você eu te ajudar com o seu trabalho. ― franzi o cenho, olhando para o homem de cabelos negros e lisos que iam até os ombros. ― Acho que ninguém te perguntou isso, né?

― Ninguém tem que perguntar nada para ninguém. ― suspirei, fechando os olhos ― Se você surgiu, quer dizer que o nosso cérebro achou que era necessário para lidarmos com alguma coisa, então... É só que... ― rolei os olhos, voltando-me para minhas mãos apoiadas em meus joelhos. ― Eu não lido bem com mudanças.

― Você é uma criança afinal. ― disse Loki, enquanto sorria maliciosamente.

― Aqui a criança. ― mostrei meu dedo do meio e ele riu, passando a mão em meus cabelos, bagunçando-os. ― Ei! Só porque eu te aceitei, não quer dizer que eu seja seu amigo!

― Eu não disse que era. ― respondeu o deus da trapaça.

Rolei os olhos, enquanto Daniel aparecia com Colline e uma bandeja com um prato de biscoitos e um bule de chá. As xícaras apareceram na mesa de centro enquanto eu e Loki conversávamos ― eu nunca sabia de onde surgiam essas coisas na nossa casa, quem controlava aquela casa era Daniel.

Colline me puxou para eu me sentar ao seu lado no tapete de pelo sintético, brincando com minhas mãos enquanto tomávamos chá e comíamos biscoitos de chocolate, como eu tinha prometido pouco tempo antes de ir para terapia. 

Então, esse é um capítulo curtinho para vocês entenderem melhor como funciona a amnésia completa de um alter, quando outro está completamente no controle do corpo

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Então, esse é um capítulo curtinho para vocês entenderem melhor como funciona a amnésia completa de um alter, quando outro está completamente no controle do corpo. 

No capítulo anterior, vocês viram que já houve um afastamento: Julian não viu nada, só sentia o que Colline sentia ― até certo ponto ― e ouvia o que ela ouvia, mas ele tinha poucas noções do que estava acontecendo. Logo depois, quando Colline se sentiu mais desesperada, e, principalmente, envergonhada, por causa do que ia acontecer, ela bloqueou qualquer contato do Julian que ele tivesse, enquanto co-consciente com ela ― assim, ele não poderia saber o que estava acontecendo, e/ou influenciar no lado de fora. Lembrando que: quanto melhor for a comunicação entres os alteres, mais fácil se torna estar co-consciente com ele.

E, claro, eu disse que ia postar um calendário com as postagens e, bom. Olha aí embaixo:

 Olha aí embaixo:

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TDI - Transtorno Dissociativo de IdentidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora