Capítulo 5

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Cristal

   Assim que o avião estava em solo Italiano pude sentir a euforia do sol, aquele sol maravilhoso e quente, eram só três dias mas eu amava viajar, e a Itália era um país maravilhoso, as pessoas, as comidas, vinhos, eu adoro uva, Deus uva é minha fruta predileta.

Assim que senti o calor do sol tocar minha pele pensei em como aquele sol era o mesmo que bronzeava a pele de Noah e soltei um pequeno gemido só de imaginar como...

- Tudo bem com você? - Tomo um susto ao ouvir a voz do meu irmão bem próxima ao meu ouvido.

- Sim Brandon, estava apenas sentindo o calor na pele, é maravilhoso não acha? - Meu irmão sorri de lado e coloca os óculos escuros.

- Realmente, mas não entendi porque Aileen me arrastou pra cá.

- Não seja sonso, foi você quem aceitou o convite da avó de Matt.

- Mas como eu diria não? Ela é a senhora mais fofa depois da nossa avó que eu conheço.

- Nossa avó não é tão fofa assim. - Reviro os olhos brincando - Ela bem que quis me bater uma dúzia de vezes.

- É claro, você era uma megera quando mais nova, se bem... - Ele levanta os óculos e me olha dos pés cabeça antes de novamente coloca-los - Pra mim você continua sendo uma megera mimada, mas sabemos que você é a neta favorita da vovó.

   Depois de mandar ele ir se foder, fiquei quieta pensando em suas palavras, não era Noah que sempre me chamava de " pequena megera"? Aquele cretino, não deveria estar tão impregnado em minha mente a ponto de me fazer pensar nele tanto assim, não mesmo, Noah era um caminho no qual eu não queria andar, de jeito nenhum.

- Você está tão calada, aconteceu algo? - Sinto Brandon pegar em minha mão com a testa franzida. - Não está se sentindo bem?

- Não, é apenas cansaço, você sabe que não consigo dormir no avião, mas estou ótima. - Minto.

- Não tem nada a ver com Noah não é?

- Por quê teria? - Pergunto nervosa.

- Vocês não parecem se gostar muito, as vezes é bem tenso ter vocês no mesmo ambiente, e você pimentinha, é uma peste quando quer.

  Sorrio meiga, se ele soubesse que nem toda a tensão do meu corpo é ódio provavelmente me esganaria e daria meia volta me arrastando de volta pra Londres, nem em mil anos ele me deixaria na casa do Noah, irmãos, são uma cruz.

   Olho para o resto da nossa família descendo do jatinho e dou aquela conversa por encerrada, Brandon provavelmente vai achar que não quero falar do meu ódio extremo por Noah.

  Mas a verdade é que se eu começar a falar meu irmão logo verá a verdade estampada na minha cara, Brandon é quase quatro anos mais velho que eu, o que me fazia a caçula irritante, mas que sempre foi protegida pelo irmão, Brandon sempre estava lá, sempre, pra qualquer coisa, não posso nem contar de quantas enrrascadas eu fui salva pelo meu irmão.

  Depois que todos estávamos nos carros seguimos direto para a casa onde Noah morava com a avó, depois de quase uma hora dentro do carro entramos propriedade, sem visão da casa, era uma propriedade impressionante.

   Mas quando a casa entrou no meu campo de visão foi difícil não abrir a boca e arquejar com a visão, não que eu não fosse acostumada com casas enormes, eu cresci em uma, mas tinha algo naquela casa Italiana que me deixou sem fala, e com o coração batendo a mil.

  Ao redor da casa tinham muitas árvores, arbustos e plantas, a casa tinha dois andares, mas parecia se estender por muitas partes que compunham uma casa extremamente grande, mesmo sem conseguir vê-la inteira dava para ver a sofisticação já do lado de fora.

  Quando desci do carro ao lado do meu irmão vi Matt abraçando e rodando a avó no ar, aquela mulher estava muito bem pra uma senhora de quase oitenta anos.

  Gael, Harry, e Hanna correram para abraçar a bisavó e logo depois o restante da família Callow, incluindo Aileen.

- Querida. - Sorri quando ela estendeu os braços para mim, era como abraçar minha própria avó - Estou muito feliz que esteja aqui, e veja só, está mais linda do que nunca.

- Também estou feliz senhora Mariah, sua casa é linda, na verdade toda essa cidade é um lugar incrível.

- Você é muito bem vinda para vir aqui quantas vezes quiser querida.

   Depois de todos os abraços nos encaminhamos para dentro da casa, Noah teve que sair para resolver algo sobre uvas e vinhos, bom pelo que parece era de extrema importância que ele fosse resolver.

   Eles eram os maiores produtores de uvas da região, movimentavam quase toda a renda da cidade, não era de se admirar que os problemas tivessem que ser resolvidos logo.

  Mariah nos apresentou a impressionante mansão, atrás da mesma era possível ver um vinhedo que poderia facilmente se estender por quilômetros, era incrível, mas o que mais me encantou com toda certeza foram os cavalos, enormes cavalos, de pelos brilhantes e macios e... e... Eu amo tanto cavalos.

- Posso montar neles? - Pergunto esperançosa.

- Claro que sim. - Tyler responde sorridente - Você sabe montar?

- É claro que sim, e adoro.

   Tyler sorriu e pediu para que um cavalo fosse preparado, apenas eu, ele, Heidi e Aileen estávamos naquela parte, os outros estavam em seus quartos descansando ou aproveitando outra parte da propriedade.

  Bom, nenhum deles pareceu disposto a me acompanhar, então que mau fazia explorar um lugar tão lindo. E me foi dado um lindo cavalo negro, quase chorei por montar um animal tão grande e lindo.
 
- Qual é o nome dela? - Pergunto ao empregado que selou o cavalo, que parece se surpreender com minha atenção e pareceu até mesmo envergonhado.

- É flor de açúcar, senhorita.

- Flor de açúcar, é um belo nome. - Passo a mão pelo pelo do animal antes de monta-lo. - Vamos nos divertir garota.

- Tem certeza que não tem problemas em ir sozinha?

- Claro que não Aile, fique tranquila, caso eu me perca para sempre, posso sobreviver comendo uvas.

   Aileen estreita os olhos e da um tapa no lombo da égua, saio cavalgando devagar ao redor do vinhedo até encontrar uma trilha em meio às árvores e seguir por ela.

Cristal - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora