No dia seguinte, a cozinha era o único lugar da mansão, que não estava desarrumada.Ainda vestindo o robe sobre uma camisola, Zelda adentrou no cômodo dando largos passos, com total desaprovação estampada no rosto.
- Quero esta casa brilhando, mocinha! - exclamou ela, severa, para a sobrinha, enquanto tomava seu lugar, na mesa.
- Pode deixar - disse Sabrina, sorrindo ligeiramente. - Ela ficará, tanto quanto você.
Ambrose reprimiu uma gargalhada, tampando a boca, cheia de cereal.
Zelda lançou um olhar fatal pra eles.
- Crianças - falou Hilda, trazendo as panquecas, colocando na superfície da mesa retangular. - Deixem sua tia paz.
Com a cara fechada e calada, a ruiva pegou sua xícara, e em seguida, depositou algumas colheres de açúcar dentro.
- Você já viu o presente que Mary me deu? - perguntou Sabrina, inclinando-se na mesa, pegando uma panqueca.
O coração de Zelda pulou.
Ela parou de mexer a colher no café, no exato momento em que ouviu o nome. Mas depois, tornou a mexer de novo.
- Ainda não. - respondeu ela, olhando fixamente para a colher.
Hilda olhou para irmã, sorrindo desconcertada, e seguidamente, pegou o copo de suco.
- Então - falou Ambrose, debruçado na mesa com a colher cheia, próximo à boca. - é uma amizade colorida?
Sabrina botou a mão nos lábios. Hilda quase se afogou com líquido, e Zelda levantou a sombrancelha, sem entender o que aquilo significava.
- O quê?- perguntou ela, ingênua.
- Uma amizade colorida, Tia Zee. - explicou Sabrina, com toda a paciência. - Amigos que têm uma relação íntima, sem compromisso.A ruiva fez sua cara de profunda indignação para ele, e replicou:
- Absolutamente não.
- Não foi o que pareceu ontem... - cutucou Ambrose, com um sorriso brincando nos lábios.Hilda vendo que Zelda encontrava-se à deriva, veio com bote, ao seu socorro.
- Impossível, docinho. - disse ela, suavemente. - Mary está noiva.
A ruiva partiu um pedaço da panqueca, misturou na calda, e levou o garfo à boca.
- Fiuuuu!- assoviou Ambrose, enquanto segurava a caixa de cereal, e derramava o conteúdo dentro da tigela.
Elegantemente, Zelda terminou de mastigar, lambeu os lábios, e num tom áspero, falou:
- Não sei o motivo para tal estardalhaço.
Hilda limpou a garganta, e tomando muito cuidado com suas palavras, disse cautelosamente:
- Deve ser porque vimos vocês dançarem juntas na festa.
- E? - indagou Zelda, olhando para ela, com o rosto neutro.
- Bem...
- Estou fazendo o que me pediu, Hilda. Sendo legal com ela, por Sabrina. Não é isto?
- Sim. Mas...
- Só. Hilda.A ruiva voltou a pegar a xícara, satisfeita, por ganhar a conversa perigosa, e por ninguém ter percebido o que, por pouco, ocorreu na dança.
- Bom - disse Sabrina, depois de alguns segundos, rompendo o silêncio desagradável. - , vou ligar para Roz e os outros, para virem ajudar.
- Excelente idéia! - exclamou Ambrose, em grande aprovação.Zelda depositou a xícara no pires, e inclinou-se, com seu olhar estreito.
- Você irá igualmente, rapazinho. - sentenciou ela, na sua voz potente.
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Collision With Love
FanfictionZelda Spellman é uma repórter júnior, que trabalha no jornal de mídia impressa da cidade, The Greendale Gazette. Apesar da idade madura, ela ainda sonha ambiciosamente ser uma afamada jornalista, mas a chegada de uma outra repórter mais experiente...