Os corações se remendam sozinhos quando a gente deixa. Fora desta maneira que Mary seguia com sua vida após ser rejeitada por Zelda.Mas ainda doía…
Wardwell era do tipo de se entregar à paixão. De se doar completamente quando começava a amar. Por isso, dava absolvição a ruiva. A mulher não tinha idéia de como ela estava por dentro. Se soubesse, certamente ficaria espantada; assim como Mary se encontrava. A rapidez como tudo decorreu, a aterrorizou.
Como conseguiu, obter aquele intenso sentimento tão fácil?
Ela se sentia uma idiota. Uma imbecil. O que mais poderia ter esperado? Não conhecia a Spellman direito.
Mas conhecia muito bem Adam… Um excelente cuidador. O médico que tem a única medicação que Mary precisa.
A cura de um coração destroçado.
E assim a morena o carregava. Esforçando-se, apesar das dificuldades de encontrar todos os dias, a mulher por quem ainda estava apaixonada.
Duas mudanças, ela teve que cumprir.
Sua primeira, foi a de dedicar-se por inteira ao seu par, Dr. Masters, que, por sorte não notara sua mudança ao longo dos dias anteriores, por andar sempre ocupado com seus serviços urgentes na cidade, e em Riverdale. Isso foi a sua salvação.
A segunda, foi dar muitos pretextos a Zelda quando esta lhe fazia algum convite, e de distanciar-se dela aos poucos.
Até a certo ponto, Mary estava conseguindo. O trilho realinhado, rumava reto, levando a carga de sua recuperação. Porém, Adam entrou para a organização Médico Sem Fronteiras. A morena via seu trem descarrilhar, e na segunda semana de novembro, o homem partira para o sul de Moçambique, África.
Foi realmente desagradável.
Justo naquele momento?
Entretanto, ainda sim, Mary compreendeu. O Dr. tinha de executar seu juramento da ética médica. Então, sobrou apenas aceitar. Aceitar que ele fizesse seu amado trabalho. E prometer, espera-lo até ele voltar.
Agora, no início da terceira semana do mesmo mês, Mary encontrava-se na sua sala íntima, sentada no seu sofá de couro. Vestida confortavelmente, envolta numa colorida colcha de crochê, olhando para seu anel de noivado.
O celular, de repente, tocou ao seu lado, na mesa de canto.
Ela pegou-o, olhando para tela, e vendo o número desconhecido, atendeu.
- Alô?
- Srta. Wardwell?Mary tirou rapidamente o aparelho do ouvido, respirou fundo, e voltou.
- Sabrina?
- Sim! - respondeu a jovem, com alegria. - Espero não estar atrapalhando. Peguei seu número escondido da tia Zelda.A morena sorriu, respirando mais aliviada, e respondeu com sua voz suave:
- Não está atrapalhando, querida. Mas estou curiosa, para saber o motivo.
A morena ouviu ela limpar a garganta.
- Eu queria... queria convidá-la para sair comigo, e com meus amigos. Hoje, é a noite do boliche. E... como você é a minha nova amiga, não poderia ficar de fora. Não é mesmo?
Mary ouviu, tudo atentamente. Enquanto perguntava-se, se, seria uma bom plano. Ou se mais uma vez, não saberia dizer um não, a outro Spellman. Contudo, a voz de Sabrina transmitia algo à mais. Ela realmente queria sua companhia.
- Alô?? - disse a loirinha, percebendo a demora.
- Aqui. Ainda aqui... - falou a morena, carinhosamente.
- Então? Você aceita?Mary fechou os olhos, e suspirou com leveza.
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Collision With Love
FanfictionZelda Spellman é uma repórter júnior, que trabalha no jornal de mídia impressa da cidade, The Greendale Gazette. Apesar da idade madura, ela ainda sonha ambiciosamente ser uma afamada jornalista, mas a chegada de uma outra repórter mais experiente...