– Bom dia, tias! – saudou Sabrina radiante, sentando na sua cadeira para tomar seu café da manhã.
Zelda não respondeu, e abriu mais o jornal.
– Bom dia, criança! – devolveu Hilda, com o rosto tenso, lá do fogão.
Ambrose sentado na cadeira da mesa alta, tomava seu mingau de aveia, silenciosamente.
Sabrina franziu as sobrancelhas, e inclinou a cabeça pro lado para ver Zelda, esta lançou-lhe um olhar sério e movimentou o jornal tapando totalmente o rosto.
– O que fiz desta vez? – perguntou ela. – Tia Zelda, por favor, fale comigo!
O silêncio permaneceu por mais alguns segundos.
– Ah, agora você quer me pronuncie? – Zelda disse por fim. Depois dobrou o jornal, e depositou-o na mesa. – Pois bem… – pegou a xícara, deu um gole e a pôs de volta batendo no pires de porcelana. – , eu falo.
Sabrina recostou-se tensa na cadeira, enquanto Hilda colocava os Waffles quentinhos na mesa, trocando um olhar piedoso com ela.
Zelda limpou a garganta, fitou a sobrinha, e disse:
– Pode começar a explicar por quê escolheu a srta. Wardwell como sua consultora no jornal da escola?
Sabrina deu um pequeno sobressalto do seu assento, e olhou para outra direção.
– Ambrose! – exclamou zangada pra ele.
O jovem fechou a boca, largou a colher na tigela e suspirou.
– Sinto muito, prima – disse Ambrose, com ar de culpa. – Mas entre o meu, e o seu pescoço em uma guilhotina, prefiro ficar com a minha linda cabeça.
O olhos castanho- esverdeados se estreitaram perigosamente pro primo, depois, voltaram mansos para a tia, e falou:
– Eu pensei em contar pra voc…
– Quando? – cortou Zelda, um pouco dura.
– Acalme-se Zelds, ela deve ter um motivo.A ruiva encarou a irmã que estava sentada na sua cadeira.
– Estou perfeitamente calma, Hilda. – tornou pra sobrinha. – Continue.
– Bem, eu estava dizendo... – prosseguiu Sabrina, cautelosa. – que, ia avisa-la, mas temi que fosse reagir exatamente nessa maneira.
– De que modo? – indagou a ruiva, bufando impaciente.
– Com desagrado.
– O que te faz pensar que sua escolha pela srta. Wardwell como sua consultora, e não eu, que sou sua tia, me irritaria?Hilda e Ambrose se entreolharam, e Sabrina respirou levemente. Logicamente isto aborreceu seu tia.
– Não escolhi somente Mary, tia Zee – falou ela, com calma. – Você também é nossa orientadora. As duas são.
Zelda soltou um ar sarcástico pelo lábios.
– Não seja boba, Sabrina, não se pode ter duas consultoras.
– Agora podemos!A ruiva parou-a com um gesto seco de mão, e inclinou-se com um sorriso rígido pra jovem.
– Já fez sua seleção. Apenas Mary, será sua orientadora. – arrematou, tentando não parecer amargurada.
A boca de Sabrina articulou como se quisesse ir contra aquilo, porém, nada saiu. Tentar explicar pra tia, num dia de mau humor dela, não serviria.
Zelda tomou a xícara de novo.
– Coma seu Waffle, querida. – pediu Hilda, carinhosamente, depois olhou rápido pra irmã.
Ela notou o quanto a irmã renovara sua repentina antipatia com Mary durante os dois dias anteriores, desde o começo do trabalho no jornal. Uma ocorrência que achou questionável; contudo, não ousou tocar no assunto com a ruiva que, parecia ficar com os nervos alterados só com a simples citação na mulher. Hilda conhecia muito bem a sua irmã, sabia que tinha um motivo para tal azedume. Algo estava acontecendo com Zelda. O que seria? É uma pergunta que permanecia suspensa apenas na mente da sra. Cerberus.
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Collision With Love
FanfictionZelda Spellman é uma repórter júnior, que trabalha no jornal de mídia impressa da cidade, The Greendale Gazette. Apesar da idade madura, ela ainda sonha ambiciosamente ser uma afamada jornalista, mas a chegada de uma outra repórter mais experiente...