Alguns minutos depois, Mary saía pela porta da sala do almoxarifado.
Ela respira fundo, enquanto transpassa pela abertura, juntando toda a coragem, que, certamente precisará, após sua humilhante atitude dentro daquela sala.
Vergonha.
É o sentimento que a consome nesse momento, por ter deixado levar-se pela extrema onda de sua excitação incontrolável. Justamente, naquele dia. Seu dia de glória!
No entanto, não era mais assim que o sentia. Outra sensação a tomara, arrancando do lugar. Uma da qual, jamais pensou em ter na vida.
Foi deste modo, que ela fechou a porta. Decidida a enfrentar, e não deixar aquilo, o constrangimento, domina-la por completo. Embora, ainda sinta um insistente frio na barriga.
- Vamos garota. - aconselhou ela a si. - Em frente!
Então respirou fundo, arrumou novamente o cabelo, e puxou a camisa justa, esticando-a para baixo. Em seguida, direcionou-se, passando pelo pequeno corredor, até chegar no escritório aberto.
Parou, de novo, para ver o ambiente. Permanecia agitado. O que era totalmente normal; porém, por conta da manchete exclusiva, o lugar encontrava-se num alvoroço acrescentado.
- Continue, continue… - Mary encorajou-se mais uma vez.
E logo colocou-se a obedecer seus próprios conselhos, empinando o nariz, e ficando ereta na postura para seguir caminhando rumo pra lá.
O percurso para sua mesa, não era muito longo; mas naquele instante, tornou-se cansativo. Cada pisada sobre seu salto, estalava com grande peso no chão de cimento polido. Como se nem conseguisse sair dali.
- Zelda...
Inesperadamente, sua mente trouxe esse nome, fazendo ela parar depressa na sua caminhada.
A ruiva ainda poderia estar por perto. E pior ainda, frente à mesa de Mary.
É melhor verificar. Quem sabe, a morena consiga fugir, se caso Zelda estiver sentada na sua cadeira giratória, com aquele lindo sorriso debochado.
Não. Com certeza, não é o que quer. Não é o que Wardwell, precisa. E se para isto tiver de escapar. Que seja.
Absorvendo essa idéia, Mary tomou o ar, e o soltou profundamente, esperando não encontrar aquela mulher. Sentindo-se uma idiota por ter receio de deparar-se com a ruiva.
- Ah, pelo amor de deus. - ela bufou, ironicamente incrédula consigo.
E sem demora, continou sua andança. Desta vez, um pouco lenta. Mais… vigilante.
Um pé primeiro, depois outro, a repórter foi avançando, com olhos atentos chegando próximo do elevador.- Porra… Porra…
Um leve desespero interno, percorre por seu corpo, na medida que anda, virando a cabeça na direção das várias mesas.
Lá estavam as delas. As últimas no fundo, do lado esquerdo. Mas é quase impossível visualizar direito. Não quando tem repórteres, fotógrafos e estagiários se deslocando por todos os lados.
O ideal é parar, para observar.
E é exatamente, o que Mary fez.
Já perto do elevador, a morena se deteve ficando inerte, apertou os olhos, e concentrou-se fitando fixamente para o local.
Estirou o pescoço pro lado, alongou-o para o outro. Até que, quando finalmente conseguiu enxergar, subitamente, foi arrebatada pela percepção da visão alcançada.Zelda, não estava lá.
Que alívio bem-vindo para seus músculos tensos; porém, sua bolsa em cima da superfície do móvel, sim. E isto confirmava que a mulher fazia-se presente no edifício.
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Collision With Love
FanfictionZelda Spellman é uma repórter júnior, que trabalha no jornal de mídia impressa da cidade, The Greendale Gazette. Apesar da idade madura, ela ainda sonha ambiciosamente ser uma afamada jornalista, mas a chegada de uma outra repórter mais experiente...