Capítulo 3

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A notícia do trágico ocorrido, estava em todos os meios de comunicação da cidade. Minúcias maiores em cada veículo.

"Morre o amado Connor Kemper, Estrela do beisebol de Greendale"

Dizia um título deles.

No jornal The Greendale Gazette, falava mais sobre os detalhes:

"O morto foi encontrado por volta das 6 horas da manhã de ontem num beco perto do pub do Buddy. A vítima apresentava cinco perfurações feitas por faca, espalhado por todo o tórax. [...] "Sem nenhuma testemunha ocular, o culpado não foi encontrado. As autoridades locais então tomando providência para achar o autor do crime comum."

Zelda estava lendo no balcão de sua bela e espaçosa cozinha o relato da primeira página de Mary. Uma descrição objetiva, e bem escrita. Ela teve que concordar.
O cemitério ficava fora da cidade, então, ela arrumou-se cedo.

- Bom dia Zelds - saudou Hilda num robe modesto, com um sorriso iluminoso, entrando no cômodo. - Você já - ela olhou pra cafeteira no balcão, depois voltou, vendo uma xícara e um prato com torradas francesas, na frente da irmã. - ahh, certo.

Zelda, fechou o jornal, pegou a xícara, e deu um gole.

- Animada pra hoje? - perguntou a loira entusiasmada.
- Sim. Animada o bastante para ir à um enterro. - respondeu impaciente.
- Oh, sim. Pobre criança... - Hilda disse num tom tristonho. - Melvin vai acompanha-la?

O rosto de Zelda transformou-se imediatamente numa careta, só de pensar.

- Não.
- Quem?
- Ela.

A expressão de Hilda ficou confusa por um momento, mas logo em seguida, voltou ao seu conhecimento de quem a irmã estava se referindo.

- Ah, ela! - exclamou Hilda, juntando-se à inimizade.

Elas trocaram seus semblantes de desgosto pela menção da mulher.

- Paciência, irmã. Será só por algumas horas, não?

Zelda bebeu o último gole, e após deixar a xícara na superfície, olhou pro seu relógio de pulso.

- Sim. Agora tenho de ir. - disse a ruiva, saindo da banqueta alta. - Não esqueça de acordar Sabrina no horário. - pegou a bolsa de cima da bancada.
- Pode deixar. - falou Hilda, enquanto admirava o conjunto bordô terninho com saia da ruiva.
- Até! - virou e saiu.

                         * * *
O tempo era de ar dramático, na cidade. Embora não tenha chovido, as nuvens permaneciam fechadas no céu cinzento.
Zelda olhava impaciente pro seu relógio constantemente, na frente do cemitério. Seria um enterro particular, por escolha da família. No entanto, a mídia toda de Greendale, juntamente com pessoas que gostam do esportista, estavam lá. Havendo, também, alguns policiais pra conter qualquer um que tentasse entrar.
Todos prontos em frente ao muro, perto do portão de ferro todo ornamentado.

- Está atrasada. - disse Zelda, num tom áspero, assim que Mary chegou.

Mary suspirou primeiro, depois falou:

- Desculpe. Estava procurando a câmera.
Ela colocou-a pendurada em volta do pescoço, em seguida, começou ajustar na pequena tela.

Zelda apenas cruzou os braços, suprimindo em segredo sua irritação, e pôs-se a observa-la, aproveitando que a mulher estava focada na máquina  fotográfica.

Ela estava com uma roupa diferente, naquele dia: Vestia um colete preto sobre a camisa  branca justa, mangas dobradas, por cima de uma calça preta formal estilo flare, sob medida. Uma inteligente escolha de bota escura, cano curto de salto grosso. Cabelos num rabo de cavalo alto, e até a maquiagem estava mais sútil.
Foi bem pensado. A manhã estava fria. E Zelda desejou ter feito outra escolha de roupa apropriada.

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