Na sala de estar aconchegante, Mary olhava pela janela, o furioso temporal. Descontente, ela bufou, silenciosamente, enquanto abaixava o leve pano da cortinha branca, delicada.Já passavam das oito horas da noite, com a incessante chuva com fortes relâmpagos.
A tv estava ligada no noticiário, informando:
- Espera-se que chuvas fortes desabem sobre a parte norte da costa leste hoje. Greendale continuará recebendo as tempestades mais furiosas, entre cento e trinta e cento e oitenta milímetros adicionais até a meia-noite. Esse temporal veio para ficar, amigos. Fiquem em casa!
- Você gostou da torta de maçã, querida? - perguntou Hilda, tricotando na deslumbrante poltrona macia, usando seu cardigã sobre um vestido florido.
Mary sorriu, voltando a sentar na outra poltrona perto dela.
- Uma delícia, Hilda! - respondeu ela, com grande deleite.
Sem alternativa nenhuma, a morena tinha ficado por insistência de Sabrina e Hilda, o que a levou até ao jantar em família, entre as três mulheres. Cerberus ficara preso na livraria.
No momento, Zelda estava em seu aposento, como sempre fazia, depois daquela refeição.
- Espero não estar sendo um incômodo. - murmurou Mary, para Hilda.
- De jeito nenhum! - assegurou Sabrina, com firmeza do sofá. - Fique muito à vontade, srta. Wardwell.A visita sorriu para ela.
- Obrigada. - agradeceu timidamente.
- É isto. - disse a outra loira, soltando um risinho.Sabrina ficou avaliando Mary por alguns segundos.
- Srta. Wardwell?
- Sim?
- Gostaria de convida-la para o meu aniversário.
- Convidar quem?Indagou Zelda, sendo iluminada pelo rápido flash do trovão, quando penetrou no cômodo. Mary olhou pasma para a linda figura vestida com uma túnica quimono de seda, com flores de cerejeira.
- A srta. Wardwell. - repetiu Sabrina, simplesmente. - Se ela quiser, é claro. Mas eu ficaria muito honrada.
Mary relaxou o músculo do rosto, e o virou para a jovem, com agrado.
- O prazer será meu, srta. Spellman.
- Sabrina - cortou Zelda, com braços cruzados no peito, olhando-a severamente. - não está na hora de fazer sua lição, mocinha?
- Sim, tia Zee... - devolveu ela, com ar preguiçoso, levantando do móvel. - Te vejo no sábado, srta. Wardwell.Mary piscou, ela sorriu, em seguida despediu-se das tias dando um beijo em seus bochechas, e saiu.
A morena consultou pela centésima vez o seu relógio de pulso, balançando os pés inquietos.
- Algo de errado, srta. Wardwell? - questionou Zelda, ao passo que sentava elegantemente no sofá.
A outra repórter hesitou, por um instante, passando a mão nos cabelos soltos ondulados, então depois, respondeu:
- Para falar a verdade. Sim.
- Oh - espantou-se Hilda, preocupada, parando suas mãos ágeis. - Qual o problema, minha querida?
- Preciso redigir a minha matéria, e entrega-la para o jornal, ainda hoje.
- Ah... - sibilou a loira, vacilante. - O que podemos fazer por você?
- Não seja boba, Hilda. - disse Zelda, sem paciência, colocando um braço no encosto do sofá, percebendo que a irmã não tinha entendido. - Ela precisa de um meio para isto. Obviamente.A morena balançou, positivamente, a cabeça.
- Se não for passar muito dos meus limites, srta. Spellman - falou ela, olhando diretamente pra Zelda. - , poderia emprestar-me seu notebook?
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Collision With Love
FanfictionZelda Spellman é uma repórter júnior, que trabalha no jornal de mídia impressa da cidade, The Greendale Gazette. Apesar da idade madura, ela ainda sonha ambiciosamente ser uma afamada jornalista, mas a chegada de uma outra repórter mais experiente...