Mais um típico dia de frio em Greendale. Manhã seguinte, depois da magnífica festa do jornal.Zelda olhava distraidamente com um sorrisinho bobo para o indicador de posição do elevador. Faltava nove andares até chegar no solo. Mas enquanto ela esperava, havia algumas recordações na mente para rever, sendo uma destas a mais agradável de sua noite: o beijo de Marie.
Aqueles gentis lábios carnudos, colaram nos dela dentro do seu carro, após o festejo. Não que ela estivesse apaixonada por Marie; era, no entanto, por prezar o jeito como mulher a tratava. Seria uma amizade que a ruiva conservaria e manteria por perto. Marie irradiava uma boa energia da qual distribuía uma brandura na Spellman. Totalmente diferente da…
O crepitar dos saltos, ressoaram no piso de granito interrompendo bruscamente seu breve foco mental. Zelda abaixou a cabeça, virou-a e, ao ver de onde o som provinha – juntamente com risadas – , voltou para as portas metálicas do elevador revirando os olhos.
– Então, você gostou mesmo da noite de ontem? – perguntava Mary sorrindo, enquanto parava próximo do lugar.
– Está brincando, Elizabeth!? – disse Alice, com um sorriso satisfeito. – Ela foi maravilhosa.
Zelda ergueu uma sobrancelha, e piscou algumas vezes.
– Fico contente por isso, e… Ah... – Mary de repente parou no lado da mulher. – Bom-dia, srta. Spellman. – disse educadamente.
– Sim, bom-dia. – saudou Alice no lado direito da morena, com um tom não inteiramente cordial.
Zelda suspirou, notando aquele leve traço de hostilidade da novata, depois, cruzou os braços sem olhar pra elas.
– Bom-dia. – devolveu secamente.
As três na mesma posição, à centímetros de distância, Mary franziu a sobrancelha, sem saber o que ela tinha feito de errado pra Zelda agir de modo frívolo, mas foi só um curto instante, logo voltou-se para Alice. Zelda sendo a mesma de antes. Um costume que ela esquecera, porém, engolia com mais facilidade.
A morena e a loira continuaram a conversar em cochichos. A ruiva olhou novamente para o indicador do elevador, marcava o número seis vermelho com uma setinha pra baixo. Ainda tinha tempo para verificar outra coisa. Mais uma vez, curvou a cabeça, tirou sua bolsa do ombro, pegou-a pela alça, e a pôs segurando com as duas mãos na frente do corpo.
– Estranhei sua ausência na festa, srta Wardwell. – comentou Zelda, com uma simplicidade fingida. As mulheres a olharam, e ela encarou Mary com um sorriso. – O que aconteceu?
A morena desviou e baixou o olhar.
– Não fui convidada. – respondeu, naturalmente a interrupção sarcástica.
– Oh… que lamentável. – murmurou Zelda, falsamente.
Alice a fitava com uma sobrancelha erguida e lábios cerrados. Desde o primeiro dia, detectara aquele toque de esnobismo, aquela "pitada" de prepotência. Mesmo tendo o conhecimento da atuação da ruiva no trabalho brilhante com Mary, ainda assim, não fora o suficiente para sequer ter uma afinidade moral com ela. Zelda tinha uma semelhança com algumas pessoas que Alice não suportava, a família rival da sua. Não dando importância para ruiva, ela olhou para o elevador, e colocou a sua bolsa no antebraço.
– Mas você, eu vi. – disse Zelda, dirigindo-se a Alice. – Sim… lembro-me de ter a visto passando com o seu...
Mary fez sua manobra, consultou o relógio no pulso.
– … acompanhante?
– Marido. – corrigiu Alice com os olhos fixos pra frente, cruzando os braços na altura do peito.
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Collision With Love
FanfictionZelda Spellman é uma repórter júnior, que trabalha no jornal de mídia impressa da cidade, The Greendale Gazette. Apesar da idade madura, ela ainda sonha ambiciosamente ser uma afamada jornalista, mas a chegada de uma outra repórter mais experiente...