Uma manhã (quase) normal.

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Aquela seria mais uma manhã normal para Emma Valley.

Exatamente, seria. Entretanto, os acontecimentos daquela manhã estavam longe de serem considerados normais.

Como todos os dias, Emma acordou às 06:00 da manhã. Ela chutou os cobertores para longe, e se espreguiçou.

Já de pé, ela abriu as cortinas que permitiam que a escuridão em seu quarto continuasse. Abrindo a janela, ela sorriu serenamente ao sentir a brisa da manhã bater em seu rosto, fazendo seu cabelo rebelde ficar ainda mais bagunçado.

Murmurando um "bom dia" para ninguém em específico, ela se afastou da janela. Abrindo a porta do quarto, ela caminhou pelo corredor, não se importando em fazer algum barulho aqui e ali.

Afinal Dina e Yuugo, seus pais adotivos, já estavam acordados nessa altura do campeonato. Até porque eles eram adultos, e adultos acordam cedo para fazerem coisas de adultos, certo?

Sua primeira parada foi o quarto dos irmãos mais novos. Ela abriu a porta de madeira de forma até mesmo delicada, deixando-a aberta enquanto caminhava até o berço onde uma bebê ainda estava adormecida.

A semelhança entre elas era gritante. Se não fossem as idades e a cor dos olhos, elas poderiam ser consideradas gêmeas.

Emma cutucou carinhosamente a criança de um ano, balançando seu corpinho adormecido.

— Acorde, Carol! — ela pediu, amorosamente.

Vendo que aquilo não fazia efeito, ela encheu a bebê de cócegas, deixando beijinhos estalados por todo seu rostinho gordo.

Carol riu pela atitude da irmã mais velha, acordando de vez.

— Em-ma! ~ — a menininha saudou, esticando os bracinhos para que a mais velha lhe pegasse.

— Bom dia, Carol! — Emma cantarolou, com a criança já no colo. Ela lhe fez um carinho na bochecha arrancando mais risinhos da mais nova. — O que você acha de me ajudar a acordar Phil, hm?

Carol bateu palmas, parecendo animada com a ideia. Logo, as duas meninas estavam na cama do garotinho de seis anos que dividia o quarto com Carol.

Não demorou muito para que o som da risada de Phil enchesse o quarto, resultado do ataque de cócegas que Emma e Carol proporcionaram.

— Phi-wl! — Carol chamou, parando com as cócegas.

— Bom dia, Carol! — o moreno cumprimentou, bagunçando o cabelo da irmã mais nova. — EMMA! — e gritou risonho, ao ser levantado pela irmã mais velha.

Emma riu, enquanto girava pelo quarto, Phil em seus braços.

— Bom dia, Phil! — ela finalmente disse, depositando o mais novo no chão. — Você dormiu bem?

— Perfeitamente! — Phil respondeu, animado. — Eu sonhei com um monstro feito de chiclete!

Emma riu, acariciando a cabeça do irmão. Ela e Phil trocaram um olhar conhecedor, como se conversassem sem trocar palavras.

Carol veio engatinhando até eles, parando nos pés de Phil. O menino puxou ela para seus braços, lançando um sorriso para Emma.

— Tudo bem, mas eu e Carol vamos acordar Anna! — e antes da outra protestar, ele saiu correndo porta afora, com a bebê em seus braços.

— Não é justo! Gilda é assustadora pelas manhãs! — Emma choramingou, antes de sair do quarto também.

Depois de acordar Gilda e encontrar seus irmãos no corredor, ela sorriu amplamente.

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