Emma piscou.
— Lembrou de algo? — ela repetiu, confusa. — Do que exatamente você se lembrou?
Anna hesitou, e apontou para Norman.
— Acho que da possível morte de Norman. — ela declarou, chocando não somente os três recém-chegados mas também Gilda, Don e Ray.
— O quê...? — o fantasma balbuciou, se aproximando da loira. — Anna, do que você se lembra?
— Havia gritos. — ela sussurrou. — E sangue. Havia muito sangue. Choros, e pessoas estavam gritando. Um barulho alto, eu não sei o que era, não consegui identificar. — Anna olhou para as orbes azuis de Norman. — Havia alguém chamando por um nome. O seu nome, Norman. Estavam chamando por você.
Silêncio. Ninguém disse nada, a ideia de como Norman havia morrido ainda sendo assimilada. A boca do fantasma em si estava em uma linha reta, ele não sabia como reagir.
— O que isso significa? — Phil perguntou, olhando para os mais velhos.
— Não sabemos. — Ray bagunçou o cabelo em frustração. — Parece que quanto mais informações nós temos, mais confuso tudo isso fica.
— Isso pode ser a lembrança de uma vida passada. — Gilda sugeriu.
— Da mesma forma que pode ser dessa vida. — Don retrucou, só confundindo ainda mais todos.
— Nós temos que investigar isso mais tarde. — Emma decidiu, chamando a atenção para si. — Nós descobrimos algo na casa de Sherry.
— E nós descobrimos algo aqui também! — Don exclamou, lembrando-se. — Fora o que Anna se lembrou, claro.
───※ ·❆· ※───
— Vocês acham que Norman era irmão de Sherry? — Ray repetiu, tentando entender.
— Alguém com quem ela compartilhava um laço forte, então. — Emma concordou, encarando o emo. — Nós não temos certeza, mas quando eu perguntei se ela tinha um irmão que morreu, ela entrou em estado de choque.
— Sherry estava chorando histericamente, mas ela parou assim que Emma perguntou isso. — Phil ressaltou o ponto da irmã. — Acho que só comprova que ela teve um irmão, e que ele possivelmente era o Norman.
— E o sobrenome dela? Vocês conseguiram descobrir? — Anna perguntou, muito mais calma agora.
— Minerva. — Norman respondeu. — Sherry Minerva. Esse é o nome dela.
Os três adolescentes piscaram, assimilando as informações.
— E quanto a foto que vocês acharam? — Emma indagou, vendo como Gilda se mexeu desconfortávelmente.
— Yuugo tomou de mim e eu sei lá se ele vai devolver. — ela admitiu, bufando. — Sabe, acho que ele e Dina sabem de alguma coisa, eles ficaram tão... Estranhos quando viram a foto. — a menina opinou, ajeitando os óculos.
— Isso nos serviu de algo, pelo menos. — Don comentou, arrancando facetas confusas dos outros. Ele puxou um álbum de fotografias de quando Emma era menor. — Ray ficou analisando melhor os álbuns depois que Anna e Gilda descerem, e ele percebeu algo. — o moreno apontou para a borda de uma foto em específico. — Vejam, parece que tem algo faltando.
A ruiva puxou o álbum para mais perto, se inclinando juntamente com os outros, exceto Ray.
— É quase impossível de ver, — Ray começou, explicando. — Mas se você apertar os olhos e comparar com outra foto, — ele pegou uma fotografia aleatória e a colocou perto da foto do álbum. — vai ver que está lá, uma parte da foto foi cortada e colocada assim mesmo no álbum.
Emma ofegou, encarando o melhor amigo.
— Você acha que... — ela engasgou quando viu Ray assentir.
— Pode ser que conhecíamos Norman, mas por algum motivo ele foi cortado de nossas vidas. — o moreno ponderou, surpreendendo todos.
— E não é somente essa foto! — Don exclamou, virando a página e indicando diversas imagens. — Têm milhares de fotos cortadas, em quase todos os álbuns, até nos meus e de Ray.
— Isso significa que... — Anna tropeçou nas palavras, não sabendo como reagir.
— Eliminamos uma teoria. — Norman concordou, seu sorriso de sempre nos lábios. — Parece que nos conhecemos nessa vida, afinal.
— Ainda não terminamos! — Emma interveio, já indo até o computador e o ligando rapidamente. Seus dedos foram rápidos ao entrar na internet.
— O que você vai fazer? — Don perguntou, olhando para a garota.
— Usar a ideia de Ray: Vou procurar o nome de Norman no Google. — ela disse, olhos focados no monitor. — Só que dessa vez vai ser com o sobrenome.
E tem que dar certo, sua mente choramingou, por favor que dê certo.
Ela começou a digitar.
Norman Minerva.
Emma prendeu a respiração com o que apareceu na tela do computador.
— Emma? — o fantasma chamou, arqueando uma sobrancelha para o estado de choque da ruiva. — O que aconteceu? O que você achou?
Ela tentou novamente.
— Nenhum resultado encontrado. — Emma resmungou, batendo com a cabeça no teclado.
Aquilo não era bom.
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Nossa eu nunca sei o que colocar nessas notas finais, seila.
Obrigada por ler, nos vemos no capítulo de amanhã, amigos💃
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Quem é você?
Fantasy"- V-VOCÊ É O QUÊ?! - a ruiva perguntou, ou melhor, gritou. - Um fantasma, pelo que tudo indica. - o menino repetiu, dando de ombros. Emma se perguntou momentaneamente como sua manhã supostamente normal havia se transformado em uma cena de um livr...