A sexta-feira havia chegado em um piscar de olhos para a alegria do grupo de amigos, que estavam animados desde que Emma havia sugerido o piquenique em um parque mais afastado da cidade, e depois uma festa do pijama na casa dela.
O cronograma do dia era simples: Depois da escola eles seguiram para o parque de bicicleta, como levariam Carol e Phil? Ninguém sabia, mas eles dariam um jeito, eles sempre davam um jeito.
O plano era ficar no parque até às cinco da tarde, fazendo de tudo e mais um pouco juntos. Depois disso, eles voltariam pedalando até a casa de Emma, onde começariam a festa do pijama.
Para a alegria de todos os envolvidos, Dina e Yuugo aceitaram o convite para o restaurante, ambos agradecidos porém não menos desconfiados pelo motivo por trás disso.
(O casal só não sabia que as crianças estavam "apenas" planejando uma festa do pijama com seu amigo fantasma. Coisa boba, do dia-a-dia.)
— Emma! ~ — Carol chamou assim que viu a irmã mais velha passar pela porta de casa, deixando os tênis na entrada. — Gild-a! An-na! ~ — ela também chamou, seus olhinhos brilhando para as figuras de suas irmãs.
— Oi, Carol! — as três meninas acenaram, entrando em casa, Gilda fechando a porta atrás de si.
— Phiw-l! — a ruivinha saudou, cambaleando a passinhos atrapalhados em direção ao irmão, que prontamente se abaixou para ficar na altura de Carol e a receber.
Ela ainda estava aprendendo a como usar suas perninhas afinal, era comum vê-la cair durante suas várias tentativas de ficar em pé.
— Está animada para o piquenique, Carol? — Emma comentou, sorrindo para a criança.
— Noman! — a bebê exclamou, levantando os bracinhos, parecendo muito entusiasmada.
— Shh! — Anna repreendeu, colocando um dedo nos lábios, como se pedisse silêncio. — Não fale tão alto, Carol! Alguém pode ouvir.
— Ah, vocês chegaram! — Dina veio da cozinha, os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo. — Por que não vão se arrumar para o piquenique? Eu estou quase terminando com a torta de nozes.
— Torta de nozes...! — Emma e Phil cantarolaram, praticamente babando no lugar ao imaginar o gosto do doce.
───※ ·❆· ※───
— Me responde uma coisa. — Don, que pedalava de forma até mesmo lenta, virou a cabeça para Ray. — Por que o Norman não está voando? O cara literalmente é um fantasma e prefere andar ao invés de sair flutuando por aí.
Ray revirou os olhos, mas não evitou rir.
Don estava certo. Por algum motivo que nenhum deles sabiam, o fantasma cismou que queria ir andando até o parque, ao invés de simplesmente ir flutuando como antes. Ninguém reclamou, ainda mais quando eles perceberam que Norman estava muito determinado a fazer isso.
— Existe louco para tudo nesse mundo. — Ray deu ombros, seus olhos se voltando para o caminho que estavam tomando.
O grupo de amigos não demorou a chegar no dito lugar que Emma sugeriu. Estacionando as bicicletas na entrada do parque, todos não demoraram a achar um lugar ideal para estender a típica toalha de piquenique.
— Não se afastem muito! — Gilda gritou para Phil e Carol, enquanto olhava preocupada para os dois.
— Pode deixar! — Phil gritou de volta, segurando na mãozinha de uma Carol empolgada, que apontava para a variedade de flores que estavam espalhadas pela grama.
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Quem é você?
Viễn tưởng"- V-VOCÊ É O QUÊ?! - a ruiva perguntou, ou melhor, gritou. - Um fantasma, pelo que tudo indica. - o menino repetiu, dando de ombros. Emma se perguntou momentaneamente como sua manhã supostamente normal havia se transformado em uma cena de um livr...