— Estou em casa! — Yuugo gritou, batendo a porta atrás de si.
Ele largou as botas na entrada, e foi caminhando até a cozinha, sua barriga roncando ao sentir o cheiro maravilhoso da comida de Dina.
A loira estava terminando de picar os legumes para a salada quando sentiu fortes braços envolverem sua cintura por trás. Ela pulou de susto no primeiro momento, mas se deixou relaxar ao reconhecer o perfume de Yuugo.
— Boa noite. — Dina cumprimentou, rindo quando sentiu os lábios do marido pousando um beijo delicado em seu pescoço.
— Noite. — ele murmurou de volta, soltando um suspiro cansado. Dina se virou e selou os lábios dos dois em um selinho curto.
— Como foi o trabalho hoje? — ela perguntou, passando os braços em volta do pescoço do homem.
— Sinceramente? Uma merda. Havia uma senhora, que mais parecia uma bruxa por causa daquela verruga no queixo, e ela torrou toda a minha paciência exigindo que eu fizesse algo a respeito do chinelo que supostamente foi roubado, mas que na verdade estava na bolsa de compras e ela não viu. — Yuugo resmungou, brincando com um fio solto da blusa de Dina. — Eu quase a mandei tomar no-
— Yuugo! — a mulher repreendeu, dando um tapa no antebraço do marido, arrancando um riso do mesmo. — Tem crianças na sala!
Yuugo era delegado em uma delegacia local. Ele era muito rígido quando o assunto era trabalho, e não dava moleza para ninguém, não importava quem seja.
— Yu-go! — Carol chamou, como se para mostrar sua presença. A bebê estava sentada na cadeirinha de alimentação, alguns brinquedos e bloquinhos espalhados pela mesa. Ela esticou os braços, indicando que queria ser carregada pelo pai. — Subir, subir!
Yuugo deu uma risada alegre, já puxando a mais nova para o colo. Ele girou ela pelo ar, arrancando gargalhadas infantis, antes de sossegar Carol de vez no colo e depositar um beijo em sua testa suada.
— Onde estão os outros pirralhos? — o homem perguntou, olhando ao redor.
Como se fosse planejado, Phil e Anna romperam pelas portas do fundo, ambos meios sujos de terra. A mais velha tinha o cabelo loiro que normalmente estava trançado preso em um coque bagunçado, e Phil tinha as mãos sujas de terra.
— Boa noite! — os dois cumprimentaram.
— Boa noite Tchu-tchu, Babá. — Yuugo assentiu em reconhecimento, observando Anna levantar Phil para que o menino pudesse lavar as mãos na pia. — O que vocês estavam fazendo? Se enterrando na terra?
Phil teve a graça de rir, enquanto Anna apenas bufava divertida.
— Plantando as mudas de Astromélias que você trouxe. — o garotinho respondeu alegre, enxugando as mãos no pano de prato. — Dina e Carol nos ajudaram também!
— Elas estão previstas para florescer no início da primavera, se tudo der certo. — Anna acrescentou, parecendo muito orgulhosa de seu trabalho.
O pai da família murmurou em concordância, voltando a colocar Carol na cadeirinha. Ela não reclamou, e apenas voltou a brincar com os bloquinhos.
— Onde estão Emma e Gilda? — Phil perguntou, puxando uma cadeira perto de Carol.
— Gilda estava no shopping com... Qual é o nome daquelas duas meninas que Gilda fez amizade recentemente? — Dina perguntou para Anna, que estava terminando de picar os legumes.
— Gillian e Violet? — a mais nova respondeu, não tendo certeza.
— Elas mesmo. — Dina concordou, voltando sua atenção para as panelas. — Ela chegou uns minutos antes de você, Yuugo. Provavelmente já deve estar saindo do banho.

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Quem é você?
Fantasy"- V-VOCÊ É O QUÊ?! - a ruiva perguntou, ou melhor, gritou. - Um fantasma, pelo que tudo indica. - o menino repetiu, dando de ombros. Emma se perguntou momentaneamente como sua manhã supostamente normal havia se transformado em uma cena de um livr...