Confirmação.

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— Emma? — Phil chamou, muito confuso, enquanto era praticamente arrastado pela irmã. — Onde estamos indo?

A ruiva não disse nada, uma expressão determinada em seu rosto. Os dois não demoraram a chegar no quarto que Phil dividia com Carol, a porta sendo rapidamente aberta enquanto Emma corria para dentro, tentando acalentar uma Carol ainda chorosa.

— Ei, por que você está chorando, hm? — ela cantarolou, enquanto balançava a bebê em seu colo. Carol parecia mais calma, mas ela ainda fungava quando apoiou a cabecinha na curva do pescoço de Emma, na tentativa de achar mais conforto. — Está tudo bem. — a menina sussurrou, acariciando os cabelos ruivos de Carol, enquanto ainda balançava ela.

— Emma? — Phil chamou de novo, vendo a irmã se voltar para ele. — O que está acontecendo?

— Desculpe, Phil. — ela disse, sorrindo e já começando a andar, Carol ainda enrolada em seu colo. — Nós vamos para o meu quarto, tenho algo que quero te mostrar.

O menino mais novo não protestou, apenas balançou a cabeça e seguiu a irmã pelos corredores.

— Antes de entrarmos, preciso que você me prometa uma coisa, Phil. — Emma pediu gentilmente, sua mão na maçaneta na porta. — Tudo o que você ver aqui vai permanecer aqui e somente aqui, tudo bem? Você não pode contar isso para mais ninguém.

— Eu prometo! — Phil concordou, determinado e curioso.

A ruiva sorriu mais uma vez, por fim abrindo a porta do quarto.

— Ah, Emma! — Gilda cumprimentou, já marchando até ela. — Que bom que você voltou, acho que nós- O que Phil está fazendo aqui? — ela interrompeu sua própria frase, apontando para o menino. Seus olhos se arregalaram ao ver Carol também ali. — Oh meu Deus, por que Carol está acordada?

Emma riu nervosamente, enquanto coçava a nuca.

— Eu acho que meio que... — ela começou, não sabendo como falar aquilo. — Phil consegue ver Norman.

Gilda arregalou os olhos de forma cômica, sua boca se abrindo em um perfeito "o", antes que ela puxasse Emma e Phil para dentro do quarto, murmurando um "entrem logo".

— O que está acontecendo? — Ray perguntou, quando percebeu a comoção no quarto. Ele arqueou uma sobrancelha. — O que Phil e Carol estão fazendo aqui?

— Emma acha que... — Gilda tropeçou nas palavras.

— Que o Phil pode ver o Norman também! — Emma por fim completou, empurrando o garotinho levemente para frente.

Phil encarou ao redor, absorvendo a paisagem já conhecida do quarto de sua irmã mais velha e vendo apenas um único rosto desconhecido no meio de tantos.

Ele caminhou a passos curtos e meio hesitantes até a figura esbranquiçada que estava sentada no puff, um livro - ou caderno, Phil não soube diferençar. - em seu colo.

— Você é o amigo fantasma da Emma? — o garotinho perguntou inocentemente, inclinando sua cabeça para o lado.

Norman engasgou, enquanto todos ofegavam.

— E-eu... — ele gaguejou. — Sim, eu sou.

Phil sorriu alegremente, parecendo muito animado com a confirmação.

— Legal! Eu consigo ver fantasmas também! — o menino comemorou, quase pulando no lugar de tanta empolgação. 

— Eh? — Don exclamou, meio incrédulo. — Então Phil também pode vê-lo?

Emma concordou com a cabeça, voltando-se para Carol que parecia prestes a começar uma nova sessão de choro.

— Ah, não, não, não! — ela repetiu em pânico, tentando fazer a criança parar com os choramingos. Tarde demais, Carol havia começado a chorar de novo.

— O que há com ela? — Anna perguntou, indo para perto das duas irmãs, seu rosto geralmente calmo, demonstrava sua preocupação.

— Sono, talvez? — Gilda murmurou, em dúvida. Ela puxou Carol dos braços de Emma, aninhando a menina em seu peito.
Sem resultados, a bebê ainda continuava a chorar. Sem proferir nada e sem outra alternativa, Emma novamente pegou sua irmã mais nova dos braços de Gilda, caminhando até Norman em seguida. Era hora de ver se tudo aquilo era verdade ou se ela estava blefando.

A ruiva virou Carol, fazendo-a ter uma visão de Norman, que havia se levantado e se aproximado, ainda confuso com as intenções de Emma.

A criança parou momentâneamente de chorar, sua mãozinha parando no ar, quando encarou Norman. Seus olhinhos azuis parecendo analisar a figura dele.

E foi para o espanto de todos - principalmente de Norman. - que Carol se inclinou para o fantasma e estendeu seus bracinhos, um biquinho choroso em seus lábios, praticamente pedindo para que ele a pegasse.

Emma ofegou, tendo todas as suas suspeitas confirmadas.

Carol também podia ver Norman.

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Tenho uma notícia: hoje fui para escola, tinha POUQUÍSSIMA gente e mainha concordou em me deixar fazer EAD esse ano.

Ou seja: não vou precisar acordar cedo para caramba e vou ter mais tempo para escrever e postar os capítulos. A mãe tá on novamente. ✌️😎

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