Quem é você?

Um adeus.

Revisei e postei esse capítulo ouvindo Arcade.

Não recomendo.

Uma boa leitura, me desculpem pelos erros e NÃO ME MATEM!

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O tempo pareceu parar. Emma tentou assimilar as palavras que praticamente foram jogadas em seu rosto.

Porque eu estou indo embora, e estou feliz por ter conhecido vocês antes disso.

Não.

Aquilo não-Seria possível?

Houve um silêncio. Um silêncio muito agonizante, ninguém sabia o que falar.

— Norman, — Gilda se pronunciou, sua voz meio trêmula. — que tipo de brincadeira é essa?

O fantasma sorriu, e mesmo já podendo ver através dele, Emma reconheceu o brilho de seus magníficos olhos azuis.

Foi ali que ela percebeu.

Norman não estava mentindo, aquilo era a mais pura verdade.

— Não é uma brincadeira, Gilda. — ele negou, parecendo extremante calmo. — Eu preciso ir embora, e quero me despedir de vocês antes.

Aquilo foi uma espécie de gatilho para diversas coisas. Phil começou a lacrimejar, Anna e Gilda também. Don parecia ser uma bola de sentimentos - confusão, dor, indignação. - e Ray...

— Por que isso do nada?! — ele gritou, muito alterado. O moreno trincou os dentes, apertando os punhos. — Você está partindo por um acaso? Se cansou da gente, é isso?!

— Minha pendência, — Norman respondeu, sua pose calma nunca se abalando. — ela já foi paga.

Agora toda a atenção estava naquele fato.

— Como? — Emma gritou, se pronunciando pela primeira vez. — Nós não fizemos nada! N-nós nem sabemos quem você era em vida! Como você pode dizer que sua pendência foi paga, — ela tropeçou, lágrimas já se formando em seus olhos. — sendo que não fizemos nada por você?!

O sorriso tranquilizador de Norman foi aos poucos murchando.

— Ao contrário, Emma. — ele meio que sussurrou, seus lábios se puxando para cima, mas agora era um sorriso de pura tristeza. — Vocês fizeram muito por mim. Minha pendência era reencontrar a minha família.

O fantasma abriu os braços, indicando o grupo de amigos.

— Vocês são a minha família. — ele declarou, chocando todos. — Há cada dia que eu passei ao lado de vocês, minha pendência foi aos poucos sendo paga. Minha dívida em vida só foi paga graças a vocês.

Os choros silenciosos de Anna e Gilda pararam, Phil vez ou outra fungando.

— Quando você vai? — Anna se atreveu a perguntar, o medo crescendo em seu peito.

O sorriso melancólica pareceu crescer um pouco no rosto de Norman, como se ele estivesse tentando a todo custo não demonstrar sua dor.

— Hoje. — ele anunciou, todos ofegando com a revelação. — Assim que a lua atingir seu ponto mais brilhante. — o fantasma se virou, apontando para a grande bola prateada que já estava no céu.

Emma piscou, não sabendo se era por causa das lágrimas ou pelo que o amigo dizia. Talvez pelos dois.

Norman estava partindo.

Norman estava indo para nunca mais voltar.

Ela nunca mais o veria.

Mas não era esse seu objetivo desde o começo? Ajudar Norman a cumprir com sua pendência e finalmente permitir que ele fosse embora para o mundo dos mortos.