Ela não sabia se foi pelo fato de ter feito muitas coisas ontem, ou porque ela estava ligeiramente preocupada com o "sumiço" de Norman na noite anterior, mas naquela manhã, Emma acordou mais cedo do que o normal.
Ela percebeu isso quando olhou para o relógio em seu criado mudo, vendo os números '05:30' marcados em um tom vermelho vibrante.
Emma bocejou, antes de se virar na cama.
A ruiva pensou que daria de cara com a vista normal do seu quarto: sua escrivaninha, com o computador em cima, alguns livros e revistas, fotos e pôsters espalhados pelas paredes. Mas, para sua surpresa, o que ela encontrou assim que piscou os olhos foi azul.
Tudo era azul. Olhos azuis.
Ali, parado à sua frente, estava Norman flutuando. Seu rosto estava - muito - perto de seu, e ele flutuava calmamente acima de seu corpo. Ela realmente se perguntou como não havia gritado de susto.
Os olhos azuis de Norman se arregalaram de repente, e uma coloração vermelha pintou suas bochechas antes de ele se afastar de forma desajeitada.
Naquele momento, Emma percebeu duas coisas:
A primeira, os olhos de Norman não eram completamente azuis. Misturados com aquelas safiras preciosas, haviam tons de violeta e rosa, entretanto, o azul era o que mais se predominava. Era preciso estar muito perto para reparar nos pequenos reflexos de violeta e rosa.
E a segunda, Norman não era completamente branco como ela pensava que fantasmas eram. Analisando melhor, Emma poderia facilmente afirmar que ele era um humano, se não fosse o fato do próprio menino ter dito que era um fantasma. É claro, o tom de pele de Norman era um tanto quanto claro. Mas não era totalmente branco, havia certa cor ali. Seus cabelos, entretanto, eram sim completamente brancos e - estranhamente - lhe pareciam muito macios. Analisando ainda mais o fantasma, a menina olhou suas vestimentas. Ele usava uma blusa branca de manga longa, calças da mesma cor, havia sapatos marrons em seus pés. Eram roupas muito específicas, ela anotou mentalmente de estudar mais sobre elas.
Emma percebeu que, embora a aparência de Norman gritasse branco à primeira vista, ele tinha mais cores que o próprio arco-íris se olhado mais de perto.
— M-me desculpe, Emma! — a dita menina despertadou de seus pensamentos, ouvindo as desculpas do menino. Ela piscou rapidamente, tentando assimilar a fala. — Eu não queria te acordar.
— Não tem problema. — a ruiva simplesmente murmurou, já puxando as cobertas para longe de seu corpo.
— O que você está fazendo? — o fantasma perguntou, parecendo horrorizado com a cena. Emma parou o que estava fazendo, olhando confusa para o espectro.
— Me levantando? — ela respondeu, muito confusa.
— Mas você se levanta às seis e meia! — Norman protestou, flutuando para frente de Emma. — E agora são... — ele parou, virando a cabeça para o lado e dando uma checada no relógio. — Cinco e trinta e dois.
Emma encarou o menino por alguns segundos, antes de dar de ombros e continuar se descobrindo.
— Nah, de qualquer forma eu acordei. Estou sem sono. — ela simplesmente declarou, colocando os pés no chão e em seguida recuando. — Urgh, onde estão minhas pantufas?
Quando Emma finalmente achou as pantufas, ela se virou para Norman.
— Não se preocupe, Norman. — ela tratou de dizer, tentando aliviar a preocupação explícita em seu rosto. — Eu estou perfeitamente descansada. E além do mais, podemos começar nossas buscas mais cedo. — ela foi caminhando até a porta. — Eu só vou escovar meus dentes e podemos começar.
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Quem é você?
Fantastik"- V-VOCÊ É O QUÊ?! - a ruiva perguntou, ou melhor, gritou. - Um fantasma, pelo que tudo indica. - o menino repetiu, dando de ombros. Emma se perguntou momentaneamente como sua manhã supostamente normal havia se transformado em uma cena de um livr...