Da mesa de jantar (Parte 3)

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(Narrado por Harry, do estúdio da Taylor [...] )

- A nossa temática vocês já sabem. Mas... nossos convidados são mais que novos nesse lance. Aqui vão as regras.

Um telão desce atrás de Taylor, e logo começa transmitir imagens meramente ilustrativas.

- Ao longo dessa maravilhosa tarde, iremos fazer perguntas, desafios até termos o vencedor. Um de vocês, além de levar um troféu, ganham um CD autografado por mim, com todas as músicas que escrevi para o vencedor. E sendo assim, vocês finalmente saberão o que escrevi para vocês. Ah, quase ia esquecendo, o vencedor ganha uma scooter!

A multidão grita mais e mais. Olho para Joe, ainda absoleto.

- Agora, vamos trazer nossos convidados mais perto.

O púlpito que está na minha frente começa a balançar.

Em um passe de mágica, estamos perto de Taylor.

Agora que estou perto dela, percebo como ela está diferente desde a noite passada. A forma como aperta o microfone ou até mesmo o sorriso parece um tanto quanto artificial.

- Harry, Joe, prontos para a disputa?

...

(Narrado por Joe, uma hora depois [...])

As janelas abertas não dissipam o calor que sobe do asfalto. É terrível. O clima de agora não me lembra nada do de quando cheguei. Está tropical, e não sei se estou acostumado com isso. O carro solavanca, me fazendo tirar o olhar da janela. Essa, que começa a fechar, assim como todas do carro. É Taylor, que morde os lábios e não se preocupa sobre o calor. Mas magicamente, a temperatura abaixa, fazendo o carro ficar um pouco mais barulhento. Mas ainda silencioso.

- Como vocês estão aí atrás?

Não respondo: olho para Harry que agora, tem a boca entreaberta, mostrando parte dos seus dentes.

- Acho que foi apenas um ferimento, certo?

- Não sei, não quero pensar o pior. Ele está inconsciente.

Agora também não respondo. Volto a olhar a janela, que com a película escura, faz parecer mais frio lá fora, o que não é verdade.

...

(Narrado por Harry, do estúdio da Taylor [...] )

- Vamos fazer da seguinte forma: nessa primeira rodada, cada um receberá uma folha com trecho de músicas e suas alternativas que de certas, completem-nas.

Joe se apruma e logo levando o braço, sendo recebido por essa Taylor irmã do capeta.

- Não tem papel algum aqui.

Ela levanta a sobrancelha e inclina a cabeça, logo disparando.

- Como não? Podem olhar para seus púlpitos.

Bruxa! O papel realmente está aqui.... Estranho demais.

- Assim que o cronometro atrás de mim, disparar, vocês terão três minutos. O vencedor desta tarefa ganha um ponto. Em suas marcas, preparar, ESSA MÚSICA É

- SUA! - Complementa a plateia, enquanto meu olhar dispara para a folha no meu púlpito.

(Narrado por Joe, em algum lugar já visto anteriormente [...] )

31 de 1989Onde histórias criam vida. Descubra agora