Capítulo 11

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Hina

Era tudo óbvio demais. Nunca que iriam conseguir pegar aquela joia, e sair dali impune - mas claro que Robert tinha que mexer nela. - A voz tenebrosa que estrondou o local, vinha detrás do trono. Aparentemente havia uma cova ali, que Hina só pôde perceber depois do barulho.

O piso começou a estremecer e logo em seguida parou. A criatura que acabara de soltar seu rugido, estava tentando se reerguer. Hina sentiu aquela magia sombria, era bastante parecida com a energia que o rei Imp emanava. Algo de bom não ia sair dali. - Hina fora uma tola, devia saber que Aryta não os mandariam ali sem motivos, muito provavelmente a missão foi recusada por saberem do perigo que o local guardava. - Ninguém havia saído dali com vida. - Esse detalhe é importante demais para ter sido contato quando já estavam lá dentro.

- Por favor, me diga que esse não é o fantasma do Duque. - Robert é o primeiro a falar.

- Parece que assombrar não é a única coisa que ele faz aqui - completa, Alberin apontando para a cova que acabara de abrir.

Uma mão com anéis brilhantes em dedos de ossos, pôs-se na lateral da cova, um esqueleto se levantou. Possuía vestes escuras totalmente desgastadas. Na sua outra mão, um cajado de com os mesmos símbolos de antigos estampados. No vazio de seus olhos havia uma luz vermelha. Atrás dele, no fundo da sala, Hina pôde ver a estátua de ouro do Duque.

- Se o Duque foi transformado numa estátua de ouro, então como pode esse daí ser ele? - Pergunta Hina se preparando para a luta.

- Isso é uma boa pergunta - responde Lizzy. - Pensei que o comandante das trevas o havia aprisionado. - A caveira a sua frente gargalhou ao ouvir as palavras.

- Pobres tolos. - A cada palavra dita o local parecia estremecer. - De fato, Uryth me aprisionou. Mas graças a minha magia pude transferir minha alma amaldiçoada da estátua para meu cajado, e sem seguida dominei esse corpo, que pertencia a um soberano que eu mesmo matei. Com isso, me transformei em um Lich. E nunca deixei que ninguém me saqueasse, não darei esse gostinho àquela abominação de comodante. - Enquanto fala, o Duque analisa todo o seu ouro em volta, e depois a tiara que Robert estava cutucando.

- É o famoso sujo falando do mal lavado, né? - Ironiza Robert, gargalhando.

- Você tem coragem, garoto - responde o Duque. - Será o primeiro a morrer só pela ousadia de tentar tocar no meu tesouro. - Ele aponta para a tiara que estava no mesmo local.

- Ah, é? Você e mais quantos? - Robert ergue seus punhos pronto para a luta.

O Lich ergue sua mão esquerda, as joias que até então brilhavam, se pagaram. Uma energia escura desceu e se espalhou, em seguida um barulho de algo sendo escavado ecoou por toda a sala. Mãos esqueléticas saiam do piso, logo, um exército de esqueletos tomou conta do local.

- Você tinha mesmo que provocar a coisa, não é? - Pergunta Hina, já colocando seu cajado no piso e conjurando uma magia. - Me deem cobertura, preciso de tempo, quero testar uma nova habilidade.

- Se deleitem com todos os aventureiros que ousaram me roubar. Logo vocês se juntarão a eles. - O Lich ergueu seu cajado sombrio. - Mantém-los - ordena, e o exército começa a se mover lentamente arrastando espadas, adagas, machados.

A saída do outro lado da sala havia sido selada, eles estavam presos ali dentro. Os aventureiros se reuniram em um semicírculo ao redor do altar com a tiara, e de Hina - que estava conjurando sua habilidade. - Precisava de tempo.

A frente, estava Robert, que fora o primeiro a ser atacado. O jovem começou a golpear os esqueletos - eram aparentemente fracos, mas não dava um minuto após serem desmontados, que reerguiam novamente.

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