O Herói Prometido

Capítulo 17

Olá aventureiros, neste capítulo iremos reviver o que se passou durante o período que Hina esteve fora, na perspectiva de Robert. Teremos também a introdução de um personagem novo. Espero que estejam gostando da história até agora, votem e comentem o que estão achando. 

~X~

Robert

2 semanas atrás.

Após o encontro com Lizzy, Robert foi a maior biblioteca da cidade, ela lhe informou que lá exista todos os manuscritos sobre as raças e classes existentes. O único problema é que para ter acesso a eles, teria que ser algum mestre ou com um decreto real – ambos que Robert não possuía. – Então, só restava uma coisa pra Robert fazer, invadir.

Na manhã seguinte Robert acordou cedo e foi até o local. Pretendia achar uma maneira de entrar escondido, ler o que precisava e sair sem que ninguém percebesse. – Para seu crédito ter memória eidética, conseguiria fazer isso tranquilamente, e conseguiria tranquilamente uma vez que Hina havia lhe ensinado a escrita daquele mundo. – Por sorte, encontrou um aventureiro, que aparentemente teve a mesma ideia estúpida que Robert.

O jovem estranho, também estava em frente a biblioteca fazendo uma análise. Usava um manto longo escuro com capuz cobrindo a cabeça, outro manto cobria seu rosto pela metade. Suas vestes também eram pretas com detalhe em chumbo, e mais coladas ao corpo devido partes de uma fina armadura em certos pontos estratégicos. Possuía uma katana presa às costas, e alguns bolsos que provavelmente guardava mais armas escondidas. A única parte do seu corpo visível eram os olhos frios e inexpressivos.

Não dava pra inferir muita coisa sobre o misterioso, – pensou Robert – mas lembrava muito com aqueles ninjas medonhos de jogos. – Se aquele doido estivesse mesmo planejando entrar, poderia fazer uma nova amizade.

– Também está pensando em invadir? – Comenta Robert abrindo um sorriso. Tinha que ser cauteloso, até onde se sabe ele pode apenas ser um ladrão.

– Na verdade, estou sim. – Sua voz era calma e serena, uma tranquilidade total. Robert percebeu de cara só pelo tom de voz que ele era do tipo "frio calculista". O rapaz não tirou os olhos da entrada. Graças ao alvorecer a rua ainda estava deserta. Robert apenas o avaliou. – Só há uma maneira de entrar. Venha comigo.

Não deu tempo nem de concordar, o encapuzado saiu correndo pela lateral da grande biblioteca. Na frente do estabelecimento, tinha umas quatro pilastras de pedra enorme que segurava a estrutura de cima, tinha um aspecto grego antigo – Robert conseguiu fazer essa assimilação com suas lembranças turvas. – Sem tempo para pensar direito, o garoto o seguiu.

Havia um espaço que dava pra escalar, ele pulou atrás do jovem que já estava na parte superior da biblioteca, se movia tão rápido que Robert mal acompanhava seus movimentos graciosos.

Depois de instantes seguindo o jovem misterioso, Robert para ao ver ele analisar uma janela entre as partes superiores das pilastras.

– O que pretende fazer? – Pergunta Robert.

– A biblioteca é protegida por um sistema de alarme feito de magia. Se quisermos entrar, temos que desativar o círculo mágico que está ali. – Ele aponta para a janela e Robert vê um cubo pequeno girando em torno de um círculo mágico no canto de uma sala.

– E como faremos isso?

– Você já consegue controlar melhor a magia? Preciso que certifique-se de controlar o fluxo mágico que cobre essa janela, enquanto eu entro e desativo.

– Espera, isso é mesmo possível?

– Não para todos, mas para você, sim.

– Espera ai de novo, você me conhece?