Era hoje! A minha manhã de sábado já começou com o Eijiro no meu colo a dar-me beijos no rosto para me despertar e apertei a sua cintura para mostrar que já tinha acordado.
- Tenho 18 anos Katsuki! - ele diz alegre e abri os olhos para ver o seu sorriso radiante que mesmo depois de eu o puxar para um beijo continuou lá. Não aprofundamos muito o contacto pois ainda não tínhamos escovado os dentes.
- Talvez agora ganhes algum juízo - levanto o meu tronco para o abraçar direito.
- Juízo eu não ganho mas tu vais receber um convite que não vais ser forçado a aceitar tá? - apenas assenti para ele - bem... A minha mãe quer passar esta manhã comigo e...
- O que se passa Kirishima? Não queres ir?
- Eu quero, quero muito ainda mais que a minha avó também vai estar lá, mas... ela convidou-te para ires lá também e...
- Eu vou. - respondo simplesmente e o brilho que ele já tinha na íris vermelha ficou mais intenso.
[...]Eu e ele ficamos naquele táxi durante 20 minutos até finalmente chegarmos em frente à casa onde ele estava a morar agora. Saímos do carro e quando ficamos de frente para a porta de entrada ele tocou na campainha, que não demorou para ser atendida por uma mulher baixinha de cabelos escuros e lisos com olhos igualmente escuros.
- Feliz aniversário meu amor! - ela abre os braços para abrigar o filho que teve de se abaixar para abraçar a mulher - deves der o Bakugou certo? O Eijiro fala bastante sobre ti, fica à vontade!
Entramos na casa e vi de cara a sala de estar dele onde estava uma senhora idosa sentada no sofá a ver televisão. A mesma assim como a mãe deu um abraço no Eijiro que se colocou de joelhos na frente dela e desejou-lhe um feliz aniversário.
- Vem cá meu jovem! - ela chama-me para perto e quando o fiz ela agarrou as minhas duas mãos com gentileza - conta-me Bakugou, o meu neto está a dar-te muito trabalho?
- A senhora não tem noção! - exclamo e ouvi as risadas das duas mulheres ali presentes.
- Eu trago-te para conhecer a minha família e consegues colocá-la contra mim - ele sentou-se ao lado da sua avó e apoiou a sua cabeça no ombro da mesma.
- Eijiro querido, não fales assim com o teu amigo! - ela colocou os seus olhos tão vermelhos como os do neto em mim - não fiques com vergonha rapaz senta aqui!
Sentei do seu outro lado e a mãe do Kirishima chamou-o para ajudá-la com algo na cozinha.
- Sabes, eu não acredito que o meu precioso netinho já está com 18 anos! - ela começa com um olhar refletivo e depois mete os olhos em mim - ele disse-me que tu foste uma grande ajuda para ele nestes últimos anos e eu como avó quero agradecer-te por conseguires fazê-lo esquecer dos problemas que ele passou!
- Senhora eu... - interrompi a minha fala por não saber o que dizer, não podia dizer uma asneira ou algo do género para ela.
- Senhora não, isso faz-me sentir velha! Podes chamar-me de Drigah! - acenei para o seu pedido - bom e o Eijiro está sempre a falar que não és uma pessoa muito fácil de lidar, mas faz um favor a esta senhora e sempre que tiveres oportunidade, mostra-lhe que ele pode contar contigo.
- Porque a senhora confia assim tanto em mim? Quer dizer, acabou de me conhecer!
- Bom, o coração do meu neto é demasiado bom para se apaixonar por qualquer um - antes que eu pudesse responder à sua afirmação que me deixou no mínimo surpreso, ouviu-se a voz da adulta da casa a chamar-nos para ir almoçar.
- Já vai Hiroko! Podes-me chegar aquilo? - ela aponta para uma bengala que estava no outro lado da sala que prontamente eu fui buscar. Chegando na cozinha sentei-me ao lado do cabelo de merda por indicação do mesmo e em seguida a mãe dele serve o meu prato que se tratava de rolo de carne, o seu prato favorito.
Neste almoço basicamente tive de reportar para elas tudo sobre a vida académica do rapaz ao meu lado e até mesmo sobre a minha individualidade. Ambas demonstraram muito interesse pelas minhas capacidades devido a todas as notícias que já saíram sobre mim.
- Bom agora que acabaram todos de almoçar - a mãe dele levanta-se depois de tomar uns comprimidos que deviam ser parte do seu tratamento - está na hora de celebrar!
Ela vai em direção ao frigorífico com empolgação e de lá tira um bolo de chocolate com morangos e duas velas em cima com o número 18.
Ela colocou o bolo no centro da mesa e depois de acender as velas começaram a cantar os parabéns deixando o Eijiro completamente vermelho sem saber como reagir.
- Obrigado! - ele diz ao pegar numa caixa pequena que a mãe lhe estendeu depois da cantoria. Ao abrir a caixa tinha uma chave lá dentro com um porta chaves da letra R feita em tricô.
- Vai à garagem meu filho - a Hiroko diz depois de ver a cara de confusão do filho.
Ele foi em direção a uma porta que tinha ali na cozinha que dava passagem para a garagem e pela curiosidade eu fui atrás. Ao chegar lá vi uma mota vermelha com alguns detalhes em preto, é bem a cara dele.
- Obrigada obrigada obrigada obrigada - ele diz às duas que agora choravam ao ver a emoção dele ao ver o presente - mas ainda nem tirei a licença!
- Mas podes começar a tirar! Em breve vais começar com os estágios, pensamos que seria bom dar-te algo que te deixasse um pouco mais independente.
Aquelas palavras fizeram eu e o Kirishima soltar um suspiro. Faltavam apenas quatro meses para acabarmos o curso de heróis e começarmos os estágios, talvez nesse tempo eu comece a tirar a carta também, afinal eu queria tê-la antes de começar a trabalhar.
Apesar de estar ali não ser mau de todo, nós os dois tivemos de ir embora, pois recebemos uma chamada do Kaminari a gritar que ainda não tinha estado com o tubarão hoje.
Pegamos outra vez um táxi e quando demos o primeiro passo para dentro dos dormitórios, um pikachu pulou em cima do aniversariante derrubando-os ao chão, sendo seguido por mais dois idiotas.
- Vamos Eijiro! Hoje vens comigo ao salão de jogos! - o Denki começa a puxá-lo pelo pulso para fora dali, sem nem deixá-lo opinar.
- Hora do trabalho! - ouvi a Mina gritar e das escadas surgiram os outros da nossa turma.
Ainda dá tempo de ir com eles ao salão de jogos?
Juro solenemente não ser normal !!!
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Sumairu :)
Teen FictionComo é que alguém que passa por aquilo consegue sorrir daquela maneira? Ou melhor, como é que alguém que sorri assim consegue andar com alguém como eu?