San-Juu San

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- Acho que já está bom caralho!

- Tens de estar perfeito Katsuki! - diz a Ashido tirando as mãos do meu cabelo depois do que pareceram horas. Ela e a minha mãe estavam comigo naquele quarto a arranjar-me para o casamento que aconteceria em breve e pareciam mais ansiosas que eu.

- Eu realmente não acredito que o meu filho vai-se casar! - a minha mãe diz emocionada com lágrimas nos olhos, nem estava a reconhecê-la de tão emotiva - É bom que faças o Eijiro feliz estás a ouvir?

Eu apenas concordei com ela, afinal eu só quero o bem daquele idiota que estava não sei a onde com a mãe dele, o Kaminari e o Hanta. Ele seria aquele que iria esperar por mim no altar e a forma que tomamos essa decisão, foi de uma maneira bastante séria e adulta.

[...]

- EU NÃO VOU PERDER KIRISHIMA! - grito pondo mais pressão no meu braço.

- Vamos ver isso então - ele aproxima a sua cabeça nos nossos punhos e lambe o dorso da minha mão e com esse ato repentino eu desconcentrei-me e acabei por deixar que o braço dele derrubasse o meu - EU GANHEI!

[...]

Por causa daquele maldito jogo de quebra de braço eu vou ser quem vai andar até ao altar, mas sinceramente eu não vejo problema nenhum até porque se fosse o Kirishima provavelmente ele ia tropeçar pelo meio, o que seria desastroso para um evento que demorou quase 1 ano a ser planeado e vai ser um grande marco na vida de nós dois.

E algo que ele não sabe é que eu vou-me casar de branco, algo que ele tinha sugerido mas eu de ínicio tinha rejeitado a ideia pois sempre preferi o uso de roupas mais escuras. Porém no dia em que vim ver a roupa com a minha mãe e a Ashido, o estilista que ia fazer-me um terno sob medida mostrou-nos bastantes sugestões e uma delas chamou-me a atenção.

O terno era branco, com detalhes em dourado nas laterais e devo admitir que gostei bastante dele e a ideia de usar a cor branca já não parecia tão absurda assim. No final eu gostei bastante do resultado, ele realçava os meus músculos, delineava bem a minha cintura e os detalhes dourados acabaram por combinar com o meu cabelo loiro.

Para completar calcei uns sapatos sociais também brancos, cujos eu calcei à poucos minutos e já quero tirar tamanho o desconforto que eles propossionam. Com a roupa e o cabelo prontos eu considerei-me pronto, mas a Mina implorou para eu passar uma espécie de pó que brilha na cara e devo dizer que de noivo eu evolui para Edwuard de Twilight.

- Bem, está na hora senhor Bakugou! - ela diz pousando o pó na mesa e quando olhei para ela vi que assim como a minha mãe, que tinha saído para ir para o seu lugar lá fora, ela estava com lágrimas nos olhos - estou tão orgulhosa de vocês!

- Para de chorar alien, nós vamos casar e não partir! - digo divertido com a sensibilidade dela e seguro o seu braço que foi estendido na minha direção para começar a andar dali para fora.

Eu e o cabelo de merda não somos pessoas muito tradicionais, por isso optamos por fazer o casamento num jardim de uma mansão alugada em vez de um santuário e chamamos o missionário que não deu importância ao facto de querermos fugir um pouco da tradição.

O jardim estava com várias fileiras de cadeiras brancas e um grande carpete vermelho estava ali estendido, aquele que marca o meu caminho para chegar no meu noivo, aquele que quando me viu, demonstrou no seu olhar surpresa e paixão, aquele sentimento que tenho o prazer de contribuir fazem quase cinco anos.

À medida que ia aproximando daquele altar improvisado, um sentimento de nervosismo foi crescendo dentro de mim e passei o caminho todo apenas a olhar para os olhos vermelhos de Eijiro pois eu não estava com coragem para olhar para mais ninguém. Ele estava demasiado perfeito com aquele terno negro com detalhes em prata, parece até que foi combinado.

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