- Mattia! – grito seu nome assim que ele atende a ligação. Meu celular está conectado ao bluetooth do carro. Olho pelo retrovisor interno para ver se alguém nos segue, mas tudo o que eu consigo enxergar é Cintia tentando acalmar a Emma. – Preciso de ajuda! Fale com Enrico, preciso de todos na A19.
- Onde você está? – ele pergunta alarmado. – Que loucura você fez dessa vez?
- Eu fugi da vila. Alonso me ajudou. – pauso e olho novamente pelo retrovisor. Emma chora copiosamente contra o peito da Cintia, suas mãos estão em cima do seu coração, como se aquilo evitasse que ele se partisse em mil pedaços, e eu tenho medo do que pode acontecer se ela não se acalmar. – Mattia, ouça com atenção. Preciso que me encontre na A19, estamos indo para Taormina, mas preciso trocar de carro. Esse deve ter um rastreador.
- Estamos saindo de casa em 5 minutos. – ele diz agitado. – Te encontro na altura de Catenanuova.
Quando desligo a ligação com Mattia instruo Cintia a pegar a medicação da Emma na bolsa dela. É um comprimido pequeno e azul claro, assim que ela me mostra a pílula em sua mão eu confirmo que pode dar ele a Emma.
Emma nega algumas vezes, mas depois de argumentar muito contra ela, ela aceita tomar a medicação.
Catenanuova é uma pequena cidade na Catania. Cidade pequena, discreta e na beira da estrada. O trajeto até lá durou cerca de uma hora e meia, pois ficava na metade do caminho para Taormina.
Eu dirigi o mais rápido que pude. O mais rápido que a estrada me permitiu e na velocidade mais rápida que um Porsche consegue atingir.
Assim que avistei uma placa na estrada dizendo que estávamos em Catenanuova eu vi os carros dos meus homens no acostamento. Eles deviam ter acabado de chegar, pois a autoestrada é monitorada, a concessionária que a administra não os deixaria no acostamento por muito tempo.
Diminuo a velocidade quando chego perto o suficiente e encosto o meu carro atrás de uma das SUV preta.
No mesmo momento meus homens saltam do carro e vem na nossa direção.
- Vocês estão bem? – Mattia pergunta assim que abro a minha porta.
- Estamos. – o respondo saindo do carro. – Precisei dar uma das pílulas do coração a Emma. – digo a ele enquanto abro a porta de trás do carro. Primeiro peço para que Cintia saia e depois pego Emma em meus braços. – Ela viu o Alonso morrer.
- Ele está morto? – Mattia pergunta em choque enquanto corremos para um dos nossos carros.
- Francesco o matou, provavelmente porque descobriu que ele nos ajudou a fugir. – respondo colocando Emma no banco de trás da SUV. A prendo com o cinto de segurança e peço para Cintia fazer o mesmo.
Mattia entra no lugar do carona e assim que me sento atrás, ao lado da Emma, o carro entra em movimento.
Demoramos mais uma hora e meia para chegar em Taormina e quando chegamos em casa Emma ainda dormia.
Eu a peguei em meus braços e entrei com ela em casa. Anna e Reese estavam na sala de estar, apreensivas com toda a situação, e assim que entrei no cômodo me bombardearam de perguntas.
Apenas disse a elas que Emma estava bem e que ela precisava descansar.
A coloco na cama assim que entro no quarto e quando me ergo vejo Anna, Reese e Cintia atrás de mim.
- Não é melhor levá-la a um hospital, Lorenzo? – Anna questiona preocupada e um pouco inquieta.
- Ela está bem. – olho para o rosto da minha mulher e sinto seus batimentos com meus dedos em seu pulso direito. – Só que... as últimas horas foram terríveis para ela.
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Nos teus braços - Livro 2.
RomanceEmma não consegue retomar sua vida normal quando deixa a Sicília e volta pra Nova York. Tudo que ela queria era se dedicar a sua revista e ao seu trabalho, mas além de conviver com o medo diário, pois a máfia ainda a persegue, ela tem que lidar com...