Nos teus braços - Livro 2.

Capítulo 18

Porque tudo de mim

Ama tudo de você

Amo as suas curvas e seus contornos

Todas as suas imperfeições perfeitas

Me dê tudo de você

Eu darei tudo de mim para você

Você é o meu fim e o meu começo

Mesmo quando eu perco estou ganhando

Porque eu te dou tudo de mim

E você me dá tudo de você

All of me - John Legend.

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Dou uma passada rápida no banheiro antes de ir atrás do Lorenzo e saio do quarto pela porta dupla de madeira escura.

Assim que chego ao terraço, o mesmo que estivemos antes, mas entramos pela sala, o vento frio da noite arrepia a minha pele e eu puxo mais o lençol na frente do peito, o fechando mais sobre mim.

Lorenzo está debruçado no pequeno muro do terraço. Seu olhar está perdido no mar enegrecido pela noite e sua pele seminua iluminada pela luz da lua.

- Lorenzo? – o chamo com cautela enquanto me aproximo dele. Ele solta a fumaça lentamente e vira o seu rosto na minha direção. – O que houve?

- Nada, Emma. – ele diz quando volta a encarar o mar a sua frente. – Entre, está frio.

Dou mais alguns passos até parar ao seu lado. Toco o seu braço com uma das minhas mãos e sinto o quanto a sua pele está gelada.

- Vamos entrar. Você está gelado. – observo.

- Não estou com frio. – eu assinto e prendo o lábio inferior entre os dentes.

A velha Emma tem vontade de se descontrolar e mandá-lo se foder, mas preciso controlar isso. Preciso ser uma pessoa melhor e mais calma, pelo meu coração e principalmente pelo Luca.

- Eu não sei o que eu fiz. – digo com a voz embargada. – Mas adultos costumam resolver seus problemas conversando. Você deveria dizer o que te incomoda e eu deveria escutar. – Lorenzo me olha e eu enxugo meu rosto, por onde uma lágrima fez o seu caminho. – É assim que deveria ser... – giro meu corpo para entrar e sou impedida quando ele me segura pelo braço.

- Me desculpa. – ele sussurra. – Não queria te fazer chorar. - assinto, pois não quero dizer nada. O choro está preso na minha garganta e se eu abrir a boca para falar não conseguirei mais me segurar.

Lorenzo me puxa para ele e meu corpo se choca contra o seu peito. Eu não posso abraçá-lo, pois ainda seguro o lençol firmemente ao redor do meu corpo. Deito o meu rosto em seu peito e ficamos assim por alguns minutos... eu ouvindo as batidas do seu coração e Lorenzo com o queixo apoiado na minha cabeça.

- Você não pode fugir de mim todas as vezes que deveríamos nos sentar e conversar. – aponto ainda em seu abraço. – Precisamos fazer isso dar certo.

- Eu sei, me desculpa. – ele pede mais uma vez. – Eu... eu só tenho muito medo de te perder de novo. – confessa. – Quando você diz que vai voltar a NY... eu...