Emma não consegue retomar sua vida normal quando deixa a Sicília e volta pra Nova York. Tudo que ela queria era se dedicar a sua revista e ao seu trabalho, mas além de conviver com o medo diário, pois a máfia ainda a persegue, ela tem que lidar com...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordo com uma música agitada no fundo da minha mente. Me mexo na cama e quando estico o meu braço, percebo que estou sozinha.
- Lorenzo? – o chamo assim que abro os meus olhos.
Me sento na cama e percebo que o banheiro está vazio. Pelo tipo de música que ecoa e pelo volume que ela está, deduzo que Lorenzo está na academia.
Meu corpo estremece com o pensamento do seu corpo suado e quente, quando fecho os olhos consigo sentir seus músculos recém trabalhados sob a pele das minhas mãos.
O centro entre as minhas pernas lateja com a sensação e minha respiração chega a ficar ofegante.
Preciso dele.
A constatação me faz empurrar a coberta para o lado e saltar da cama. Corro para o banheiro e tiro minha blusa, a calcinha, sorrindo ao perceber que Lorenzo tirou a minha calça ontem à noite, para que eu dormisse confortável.
Encaro o meu corpo no espelho e o giro de um lado para o outro. A protuberância, quase imperceptível, embaixo do meu umbigo me faz sorrir ainda mais.
Meu filho está crescendo.
Ligo o chuveiro e entre embaixo da água sem esperar que ela esquente. Tomo um banho na temperatura ambiente e escovo os meus dentes quando saio do box.
Procuro minha mala pelo quarto e não a acho. Não sei onde Lorenzo a colocou. Eu penso em ir até o closet e pegar algumas das roupas que eu deixe na casa dele no dia que eu fui embora, mas quando eu atravesso o quarto enrolada na toalha branca, eu vejo sua blusa social branca estendida no encosto da poltrona.
A pego entre as mãos e meu primeiro pensamento foi aspirar seu cheiro. Seu perfume masculino invadiu os meus sentidos com violência. É um aroma amadeirado, misturado com o cheiro da sua pele e cigarros. Um cheiro só dele, único.
Passo o tecido branco pelos meus braços e fecho alguns botões. Lorenzo é enorme, sua camisa serviria facilmente como um vestido para mim.
Deixo o quarto e após percorrer o longo corredor, vejo Enrico e Guido na sala.
- Bom dia, Emma. – Guido me cumprimenta e Enrico acena com uma das mãos.
- O chefe mandou avisar que está na academia. – Enrico avisa.