Capítulo 14

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🔥Pseudo-hot para vocês🔥

- Aí estão vocês. – uma voz feminina preenche o ambiente. Eu tento me afastar do Lorenzo para olhar na direção dela, provavelmente deve ser a Anna, mas ele não me solta dos seu abraço.

Pelo contrário, seu aperto em minha cintura se intensifica e ele descansa seu queixo sobre a minha cabeça, quase me imobilizando. Acho que ele pensou que eu iria me irritar com a presença dela e até querer sair da cozinha. Para tranquilizá-lo, eu deito meu rosto no seu peito e o deixo virado para a mulher loira e deslumbrante que entra pela cozinha.

- Já explicou tudo para ela? – ela para perto de nós e olha do Lorenzo para mim com divertimento. – Lorenzo é um estúpido! Ele não deveria ter feito isso. – ela faz uma carranca e olha para ele, erguendo as sobrancelhas. – Eu juro que nós não sabíamos que você já estava na Sicília, Emma. – ela diz com sinceridade. – E se eu soubesse... – ela bate no ombro do Lorenzo e ele se encolhe. – Teria pedido para esse ogro te contar que eu estava aqui.

- Está tudo bem, Anna. – minhas palavras são sinceras, eu juro. Claro que, é inevitável não sentir ciúmes dela. Anna é uma mulher incrivelmente bonita e Lorenzo é o meu homem, eu o amo. Eu estarei mentindo se disser que a amizade deles não me incomoda, mas minha decisão foi acreditar e confiar nele. Até que ele me prove o contrário, isso será mantido. – Lorenzo já me explicou tudo.

- Maravilha! – ela suspira, parece aliviada. – Eu realmente ia matá-lo se ele fizesse você me odiar. – ela se mexe e vai até a geladeira. Pega uma garrafa de água e serve um pouco em um copo de vidro. – Até porque eu já te conhecia de tanto que ele falava sobre você em Viena. – ela ri. – Era o dia todo... Emma isso... Emma aquilo. Será que a Emma está comendo? Devo ligar para ela, Anna? – ela faz uma voz melosa e enjoada para imitar o sofrimento do Lorenzo.

- Não foi assim, Anna. – Lorenzo não está chateado, sua voz soa leve e suave. Eu sorrio com as palavras dela porque percebo que ele sofreu tanto quanto eu com toda essa distância.

- Eu não estou mentindo. – ela diz divertida e aponta para mim com o indicador. – Pergunte ao Klaus.

Klaus, o outro amigo da época da faculdade. Lorenzo o mencionou mais cedo para mim.

- Ninguém vai perguntar nada a ninguém. – Lorenzo beija o meu cabelo mais uma vez e me solta do seu abraço. – Você termina de picar os legumes ou não comeremos hoje. – ele aponta para mim e liga o fogão de novo, voltando a mexer o molho. – Pode arrumar alguma coisa para fazer também. – ele diz a Anna.

Eu volto a me sentar no banco e começo a picar a cenoura que eu encarava há alguns minutos. Anna opta por apenas nos fazer companhia já que alegou ser um desastre na cozinha.

Enquanto o almoço estava sendo preparado, Anna contava animada sobre a época da faculdade deles. Lógico que, graças a Deus, ela teve o discernimento de pular algumas partes e eu a agradeci mentalmente por isso.

Em algum momento nós, eu e a Anna, fomos colocar a mesa. Louças de porcelana pintadas a mão, talheres de prata e taças de cristal. Enquanto distribuíamos os talheres em cima da grande mesa de madeira maciça, dessa vez na sala de jantar, eu fiquei pensando no quanto a mãe do Lorenzo deveria ser metódica e uma dona de casa impecável. Sim, porque, tenho certeza de que esses utensílios não foram comprados e nem escolhidos pelo Lorenzo.

- O almoço está pronto. – ele anuncia quando entra na sala de jantar e me abraça por trás. – Preciso de mais dois lugares na mesa, querida. – ele sussurra em meu ouvido olhando para o meu trabalho e da Anna sobre a mesa.

- Quem mais virá? – franzo e cenho, confusa, e viro meu rosto de lado para olhar o seu.

- É uma surpresa. – ele dá um sorriso lindo, tão lindo que me aquece por dentro. – Na verdade são duas surpresas para você hoje.

Nos teus braços - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora