Que coisa doentia de se dizer.
Que nunca sentiu-se assim.
Que coisa doentia de se fazer.
Me fez sonhar contigo.
Wicked game - Cris Isaak
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- Emma, a que devo a honra? – sua voz soa pelo aparelho carregada de sarcasmo.
- Eu não tenho muito tempo, Alonso. – sussurro bem próximo ao microfone do celular. – Quero que me diga o que sabe sobre o Lorenzo. – ele ri do outro lado da linha e eu afasto o aparelho do ouvido, prestando atenção para escutar o momento em que Lorenzo desligará o chuveiro. – Merda, Alonso. Eu não tenho muito tempo! – esbravejo em um sussurro.
- E o que exatamente quer saber, Emma? – me indaga com ironia.
- O que é certificato de punciuta? – questiono. Meus olhos fixos na porta do banheiro.
- Ora, ora... vejo que alguém fez o dever de casa. – ele zomba. – Mas onde viu sobre isso?
Nesse momento sinto falta do barulho da água caindo e pressiono o botão vermelho na tela do celular. No exato minuto que eu encerro a ligação a porta do banheiro se abre e Lorenzo aparece por ela, com uma toalha preta enrolada em sua cintura e uma outra secando o cabelo.
Ele me dá um sorriso sincero e suave enquanto caminha em direção ao closet.
Queria conseguir me segurar, mas não consigo. Caminho até o closet e o encontro já com uma boxer preta, segurando uma calça de pijama na mão.
- Vou te dar uma última oportunidade, Lorenzo. – digo tentando controlar meu nervosismo e essa maldita sensação de estar sendo enganada que faz meu coração bater furioso no meu peito. – O que eu ainda não sei sobre você?
- Era sobre isso que estava falando ao telefone? – me questiona calmamente. Como se estivesse dizendo o cardápio do jantar.
- Não muda de assunto, Lorenzo. – aponto irritada e ele veste a calça sem pressa. – Eu te fiz uma pergunta e eu exijo uma resposta.
- Eu já respondi essa pergunta. – ele me encara enquanto faz o laço da calça. – Não há nada de relevante além do que meu pai fazia.
Ele passa por mim com as duas toalhas nas mãos, mas para ao ouvir minhas palavras.
- O que é certificato de punciuta? – ele se vira lentamente e me encara com os olhos negros e surpresos.
Ele volta os passos que já tinha dado para fora do closet e se aproxima de mim lentamente. Coloca as toalhas úmidas em uma prateleira ao seu lado e cruza os braços na frente do peito, próximo demais de mim.
Lorenzo é alto, sua postura intimida e é amedrontadora. Sei que ele nunca faria nada contra mim, mas isso não impede que eu sinta medo agora que seus olhos soltam faíscas sobre os meus.
- Foi o Alonso quem falou sobre isso com você? – nego com a cabeça e prendo meu lábio inferior entre os dentes. – Onde você viu isso, Emma?
- Não importa. – digo entre os dentes. – E você ainda não me respondeu.
Ele descruza os braços e se afasta de mim. Solto o ar que eu prendia quando ele vira de costas, enquanto caminha para fora do closet, mas para de repente e me olha por cima do ombro direito.
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Nos teus braços - Livro 2.
RomanceEmma não consegue retomar sua vida normal quando deixa a Sicília e volta pra Nova York. Tudo que ela queria era se dedicar a sua revista e ao seu trabalho, mas além de conviver com o medo diário, pois a máfia ainda a persegue, ela tem que lidar com...