34| Eu mesma mato você

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Há uns duzentos anos atrás, Benjamin Franklin compartilhou o segredo de seu sucesso com o mundo.

Ele disse "nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje". Esse é o cara que descobriu a eletricidade.

Então é normal achar que a maioria de nós iria ouvir o que ele fala... Angélica não tem idéia o do porque as pessoas ficam adiando as coisas, mas se ela tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo do fracasso. Medo da dor. Medo da rejeição. Às vezes, o medo é de apenas tomar uma decisão, porque e se você estiver errado? E se você fizer um erro que não dá pra desfazer? Seja lá do que a gente tem medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir. Acaba parecendo que a gente está carregando um tumor gigante. E, Angélica, não pensa nisso metaforicamente.

— Angélica Marlene Blackinnon Petrova! Se você não acordar agora mesmo, eu vou... — Angel abriu os olhos e Marlene parou de apertar as bochechas da garota com as pontas de seus dedos.

Com os olhos ainda adormecidos, Angel se prostrou de pé, deixando de ouvir a sua mãe e qualquer outro barulho das pessoas que alí em volta estavam. Havia uma multidão envolta de algo, ela sabia o que era. Mesmo assim, caminhou até lá.

Os alunos a encaravam com pena e abriam caminho. Até que não havia mais ninguém tampando a visão dela do corpo estirado de Cedrico ao qual Dumbledore tentava convencer Harry de soltar. Ela foi até eles. Tocou no ombro de Harry e com um olhar pediu para que ele soltá-se Cedrico. Em seguida, olhou para a mão estirada dele no chão e a pegou, e a segurou firmimente, olhou para os olhos fechados dele, e então deixou que suas lágrimas silenciosas a tomasse.

— Cedrico... eu acho que acabei de ter um sonho perfeito. Mas que agora percebo que virou um pesadelo imperfeito... — as vozes de repente se cessaram, as pessoas olhavam com pesar a situação deprimente da jovem Sonserina. — Eu tenho uma voz na minha cabeça. Sempre que eu perco alguém importante pra mim ela diz que a culpa é minha. Eu... Eu perdi você, e a culpa... a culpa foi minha... e-e... — com a bola de choro entalada bem no meio de sua garganta, Angel não conseguia mais se expressar corretamente.

Ela abaixou a sua cabeça, mais não se permitiu chorar, não alí, no meio de toda aquela multidão. Deixou que seus cabelos desarrumados cobrissem a face de seu rosto, para que assim ninguém pudessem enxergar como ela era fraca. Não poderia demonstrar fraqueza. Mesmo o quão egoísta aquilo pudesse demonstrar, Angélica não conseguiu engolir o seu orgulho.

Angélica ergueu a cabeça e olhou novamente pra Cedrico. Sentiu suas próprias mãos geladas, bem ao contrário das de Cedrico, que pareciam estarem se aquecendo com o próprio calor do corpo. Um sorriso amargurado e sem emoção escapou por seus lábios.

— Adeus, Cedrico Diggory. Eu sinto muito. — murmurou Angel já em seu limite.

A Petrova sabia que se ficasse por mais se quer um segundo alí, ela não conseguiria mais se controlar e então centenas de lágrimas rolariam pelo seu rosto, e ela não saberia mais quando pararia de chorar.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋 | 𝐒𝐈𝐌𝐏𝐋𝐄𝐒𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐐𝐔𝐄 •02Onde histórias criam vida. Descubra agora