— AUTORA —
Tinham chegado, pelo que parecia, a um trecho deserto de uma charneca imersa em névoa. Diante deles haviam dois bruxos cansados com caras de rabugentos, um dos quais seguravam um grande relógio de ouro, e o outro, um grosso rolo de pergaminho e uma pena. Ambos vestidos de Trouxas.
— Os senhores são? — perguntou o rabugento com o pergaminho.
— Smith, William e família Smith. — respondeu o pai de Isabel.
— E vocês? — pergunta com o olhar no pergaminho.
— Petrova, Joseph Petrova e família. — nessa hora o cara do pergaminho tirou os olhos do mesmo e ajeitou seus óculos, olhando para os demais a frente.
— Ah, sim, o ministro Petrova. Sejam bem vindos ao.... — o cara rabugento forçou uma alegria e ia continuar seu discurso caso Joseph não tivesse o interrompido.
— Por favor, vá direto ao ponto. — pediu Joseph.
— Ah... claro, senhor. — concordou ele voltando a olhar o pergaminho atentamente. — Smith, vocês estão no terceiro acampamento à uns quatrocentos metros, perguntem pelo sr.Duncan. Petrova, o primeiro acampamento que vocês encontrarem a uns quatrocentos e cinquenta metros daqui é o de vocês. O gerente é o sr.Robert.
Angélica e Isabel se despediram e cada família foram para os seus respectivos acampamentos, depois de quinze minutos andando, eles encontraram o sr.Robert, que por acaso era um trouxa, depois deles terem resolvido o problema do dinheiro trouxa, um bruxo apareceu do nada jogando o feitiço obliviate no trouxa, assim fazendo com que ele se esquecesse do que havia acontecido. Entregou um mapa do acampamento para o avô de Angélica, e os acompanhou até o portão do acampamento.
Eles chegaram no meio do acampamento e montaram sua barraca, poderiam ter preferido uma casa de pedras mais acharam que seria mais divertido se montassem uma barraca juntos, e assim foi. Quando estava finalmente pronta eles adentraram.
Angel viu que por dentro a barraca era exclusivamente extravagante, lembrava sua casa da Bulgária, toda vermelha escura e marrom, tinha quatro quartos, banheiro, cozinha e sala junto, e um pequeno espaço de jogos.
Angel entrou em um dos quartos que tinha uma linda cama de casal com lençóis brancos, um pequeno closet e mesa de cabeceira da cama, colocou suas coisas ali e depois descansou um pouco, ainda era muito cedo, as pessoas do acampamento ainda dormiam.
Após acordar pediu permissão de Marlene para sair, e após conseguir, foi bater perna pelo acampamento.
Aqui e ali bruxos e bruxas adultos saíam das barracas e começavam a preparar o café da manhã. Alguns, lançando olhares furtivos para os lados, conjuravam fogueiras com as varinhas; outros acendiam fósforos com ar de dúvida, como se tivessem certeza de que aquilo não ia funcionar.
Três bruxos africanos conversavam sentados, trajando longas vestes brancas, enquanto assavam uma carne que parecia coelho sobre uma fogueira púrpura berrante; um grupo de bruxas americanas de meia-idade fofocava alegremente sob a bandeira estrelada que elas haviam estendido entre as barracas, na qual se lia Instituto das Bruxas de Salém.
Angel captava fragmentos de conversas em línguas estranhas e outras conhecidas que saíam das barracas pelas quais passava, e embora não conseguisse entender algumas palavras, o tom das vozes era de excitação.
— Hum... são os meus olhos ou tudo ficou verde? — perguntou Isabel aparecendo ao lado de Angélica.
Não eram os olhos de Isabel. As garotas tinham entrado em uma área em que as barracas estavam cobertas por uma camada de trevos, dando a impressão de que morrotes de formas estranhas haviam brotado da terra. Viam-se rostos sorridentes nas barracas com a aba daentrada erguida.

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𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋 | 𝐒𝐈𝐌𝐏𝐋𝐄𝐒𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐐𝐔𝐄 •02
RomancePUREZA||❝Nᴇᴍ ᴛᴏᴅᴏs ᴏs ᴘᴜʀᴏs sᴀɴɢᴜᴇs sᴀ̃ᴏ ᴄᴏᴍᴇɴsᴀɪs ᴅᴀ ᴍᴏʀᴛᴇ.❞ Dᴇsᴅᴇ ᴏ ᴅɪᴀ ᴅᴏ sᴇᴜ ɴᴀsᴄɪᴍᴇɴᴛᴏ, Aɴɢᴇ́ʟɪᴄᴀ ғᴏɪ ғᴇɪᴛᴀ ᴘᴀʀᴀ ᴀ ғᴀᴍᴀ, ᴇ ᴇssᴀ ғᴀᴍᴀ ғᴏɪ sᴇ ɪɴᴛᴇɴsɪғɪᴄᴀɴᴅᴏ ᴀᴛᴇ́ ᴍᴇsᴍᴏ ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴇʟᴀ ᴄʜᴇɢᴏᴜ ᴀ Hᴏɢᴡᴀʀᴛᴇs. Dᴇᴘᴏɪs ᴅᴏs ᴀᴄᴏɴᴛᴇᴄɪᴍᴇɴᴛᴏs ᴅᴏ ᴀɴᴏ ᴘᴀssᴀᴅᴏ, Aɴɢᴇ...