Hydrus Petrova

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AUTORA —
Bulgária – Escandinávia
31 de Maio 1994

Foi o alto som do trovão que fez com que Marlene abrisse seus olhos, a mulher olhou para a porta que dava entrada para a sacada de seu quarto e percebeu que ainda chovia, a chuva no entanto estava mais fina do que a chuva que caía desde o dia anterior. Marlene tornou a fechar os olhos na esperança de conseguir dormir, ficou nessa por quase três minutos, mas não conseguiu voltar com seu sono.

Marlene então se levantou da cama, calçou seu chinelo e depois pegou o seu rob preto, abriu a porta de seu quarto e atravessou o mesmo, seguiu o corredor do andar e parou de andar ao ver a terceira porta ao lado do seu quarto aberta. A loira enfiou a cabeça dentro do quarto e viu que o mesmo estava vazio, franziu o nariz.

— Hydrus? — chamou, sem resposta. Ela então entrou no quarto e bateu em uma outra porta que dava entrada ao banheiro do quarto._Hydrus, está no banheiro? — novamente não obteve resposta.

Marlene sai do quarto e caminha até o fim do corredor, desceu as escadas um tanto preocupada, estava chovendo, estava trovejando... normalmente Hydrus já teria ido até o seu quarto pedir pra que ela ficasse com ele até que ele pegasse no sono, mas, desta vez não foi assim.

A mulher pensou em ir para conzinha, achou que talvez Hydrus tivesse fazendo um lanche da noite lá, mas ela não foi.

Na sala principal, bem diante da lareira, havia a forma das costas de um garoto, o cabelo comprido e castanho estavam amarrados em um rabo de cavalo, ele trajava um pijama azul escuro, sua mão esquerda estava escorada no painel acima da lareira, a outra direita estava segurando algo pequeno no qual pela lonjura Malerne não pôde distinguir oque exatamente era.

A mulher olhou para o relógio que havia acima da lareira, já era duas e quarenta e três da madrugada.

Quando pensou em questionar oque o garoto fazia fora da cama àquela hora, ele falou primeiro.

— Vai acontecer no dia vinte e quatro de Junho. — a voz do garoto realçou baixa e sombria. Marlene franziu o cenho em confusão, adentrou mais a sala e pousou sua mão na cabeceira do sofá, ficou a poucos metros de distância do garoto.

— O que irá acontecer? — perguntou Marlene ao arquear as duas sobrancelhas.

— Quando se pode fazer oque eu consigo fazer... mas não faz... e depois coisas ruins acontecem... elas acontecem por sua causa. Eu fiz tudo oque pude para evitar... Angélica no final das contas é inútil e fraca. — a mulher cruzou os braços indignada após tal calúnia do garoto.

— O que aconteceu? Você nunca falou assim dela. Oque tem dia vinte e quatro de junho? Isso é daqui a um mês, será o dia da terceira e última tarefa. — comentou a mulher, o garoto desvia seu olhar do fogo em brasa dentro da lareira, ergueu sua mão em sua direção e a abriu, Malene entre-abre a sua boca ao ver oque o garoto tanto apertava desde a sua chegada a sala de estar. — Hydrus, isso é...

— A pedra da Fênix. — afirmou o garoto, olhava seriamente para pedra branca em sua mão, a mesma tinha um cordão a atravessando, assim a fazendo de suporte para um amuleto. Marlene olhou mais confusa ainda para as costas do garoto. — Há quase um ano eu venho tendo visões da morte de um certo alguém. — contou ele, sua voz era sombria, Malene sentiu um peso em seu coração.

— Então suas visões ainda continuam. — falou ela preocupada. — Você mencionou a sua irmã, ela... Hydrus, ela... — a mulher murmurou e então levou sua mão até sua boca, seus olhos começaram a marejar. — Hydrus, a Angélica, ela vai...

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋 | 𝐒𝐈𝐌𝐏𝐋𝐄𝐒𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐐𝐔𝐄 •02Onde histórias criam vida. Descubra agora