38| Você é a minha pessoa preferida

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Adhara Bones👆

- ANGÉLICA -
Atualmente

Todos nós vivemos a vida como touros soltos em uma loja de porcelana... Uma lasca aqui, uma rachadura ali.

Causando dano a nós mesmos, aos outros.

O problema é tentar descobrir como controlar o dano que causamos ou aquele que foi causado a nós. Às vezes, ele nos pega de surpresa. Às vezes, pensamos poder consertá-lo.

E as vezes, o dano é algo que sequer conseguimos ver.

Lembro que quando eu era mais nova uma vez eu perguntei a minha mãe oque ela fazia quando se sentia danificada. Ela dizia que no início chorava, depois se isolava, lia um livro, cabulava aulas e que durante as suas cabulações ela aproveitava para explorar lugares em Hogwarts no qual ela nunca havia ido ou visto.

Eu, como sua fiel filha aprendiz, mais uma vez sigo seus passos. Após quase um dia inteiro trancafiada no meu quarto terminando de ler Romeu e Julieta, eu decidir por fim sair da minha zona de conforto.

Não dormir noite passada. Deitei pra dormir um pouco. Mas acabei ficando puta!

Mas como não ficaria?

O garoto "bonzinho" no final das contas não era tão bonzinho assim.

Estou com raiva. Com muita raiva mesmo, não totalmente de Cedrico em si, mas de mim mesma.

Como pude ser tão trouxa ao caír na lábia dele?

Aquele papo de destino era tão mesquinho mas mesmo assim eu... ah, que ódio!

Eu deveria matar Hydrus! Se não fosse por ele Cedrico estaria morto e eu não estaria aqui me contorcendo pra ir matá-lo eu mesma!

Respiro fundo e enfio minha mão na sacola repleta de chocolates no qual eu carregava enquanto vagava pelo corredor dos fundos de Hogwarts.

Sorrio pela rápida lembrança de ter visto Draco se tornar uma doninha alguns meses atrás. Dou uma mordida no chocolate e me sinto contente por ter sorrido por causa de uma lembrança boba dele.

Por causa dele...

Reprimo uma risada ao me lembrar que no ano passado eu comparei Draco com meu príncipe encantado, especificamente com o José Bezerra da Rapunzel.

E falando na Doninha saltitante.

Vejo ele passando ao longe para atravessar o corredor do pátio para adentrar ao castelo. Dou mais uma mordida no meu chocolate e me apresso para alcançá-lo.

- Oi, doninha. - alcanço e acompanho o andar dele.

- Oi. Por que está sorrindo? - ele olha para mim.

- Por que não deveria sorrir?

- Só estou perguntando se há algum motivo recente e imediato?

- Você consegue criar uma crise existencial do nada? É um dom! - revelo abrindo meus braços.

Eu particularmente sou assim.

Em um momento eu consigo rir. Outro chorar. Posso estar bem, ou posso estar mal também.

Consigo criar uma crise existencial do nada.

Meu bisavô disse que isso é um dom de família. Ele também diz que os Mckinnon são uma família repleta de dons gerados à cada descedentes, e é isso que nos faz uma das famílias mais importantes de todo o mundo bruxo. O ramo da nossa família é muito valorizada dentro da comunidade bruxa já que não existem muitos bruxos arqueólogos reconhecidos.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋 | 𝐒𝐈𝐌𝐏𝐋𝐄𝐒𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐐𝐔𝐄 •02Onde histórias criam vida. Descubra agora