03|A Copa Mundial de Quadribol

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— AUTORA —

Angel entrou na barraca indo direto para seu quarto, banhou-se e logo depois foi se arrumar, viu que tinha jogado suas coisas em cima da cama, um pequeno sorriso se formou em seus lábios ao ver o globo com a Firebolt, ela caminhou até o mesmo e o pegou. Quando o chacoalhou, a vassoura se moveu em ziguezague, e fogos de artifícios se colidiram dentro dele com variadas cores.

— Draco... oque será que você está aprontando desta vez? — se perguntou Angel ao guardar o globo em sua bolsa.

Logo ela ouviu um gongo, grave e ensurdecedor, bater em algum lugar além da floresta, e na mesma hora, lanternas verdes e vermelhas se acenderam entre as árvores, iluminando o caminho até o campo.

— ESTÁ NA HORA! — gritou Joseph da sala.

(...)

Com Joseph e Marlene na frente, e Angel enfeitada com suas compras, todos correram para a floresta, seguindo o caminho iluminado pelas lanternas. Ouviam a algazarra de milhares de pessoas que se movimentavam à volta deles, gritos, gargalhadas e trechos de canções. A atmosfera de excitação febril era extremamente contagiosa; Angel não conseguia parar de sorrir.

Caminharam pela floresta durante vinte minutos, conversando e brincando em voz alta, seu avô poderia ser velho mais nunca perdia o bom humor, (pelo menos não diante da neta) até que finalmente emergiram do outro lado e se viram à sombra de um gigantesco estádio.

Embora Angel só pudesse ver partes das imensas paredes douradas que cercavam o campo, ela podia afirmar que caberiam dentro dele, com folga, umas dez catedrais.

— Vamos logo! — dizia Marlene empolgada.

E se encaminharam para o portão mais próximo, que já estava cercado por um enxame de bruxos e bruxas aos gritos.

— Lugares de primeira! — exclamou a bruxa do Ministério ao portão, quando verificou as entradas deles. — Camarote de honra! Suba direto, Sr.Petrova, o mais alto possível, estará ao lado do ministro. — Angel olhou discreta com certo nojo, para a bruxa por ousar falar que a família dela iria ficar em um local que não fosse o de primeira.

As escadas de acesso ao estádio estavam forradas com carpetes púrpura berrante.

Eles subiram com o resto da multidão, que aos poucos foi se dispersando pelas portas à direita e à esquerda que levavam às arquibancadas.

Sua família continuou subindo e finalmente chegaram ao alto da escada, onde havia um pequeno camarote, armado no ponto mais alto do estádio e situado exatamente entre as duas balizas de ouro.

Umas vinte cadeiras douradas e púrpura tinham sido distribuídas em duas filas, e Angel ao entrar na primeira com sua família, deparou com uma cena que ela já imaginara ver.

Cem mil bruxos e bruxas iam ocupando os lugares que se erguiam em vários níveis em torno do longo campo oval.

Tudo estava banhado por uma misteriosa claridade dourada que parecia se irradiar do próprio estádio. Ali do alto, o campo parecia feito de veludo. De cada lado havia três aros de gol, a quinze metros de altura; do lado oposto ao que estavam, quase ao nível dos olhos de Angel, havia um gigantesco quadro-negro. Palavras douradas corriam pelo quadro sem parar como se uma gigantesca mão invisível as escrevesse e em seguida as apagasse; observando melhor, Angel viu que o quadro projetava anúncios no campo.
 
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𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋 | 𝐒𝐈𝐌𝐏𝐋𝐄𝐒𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐐𝐔𝐄 •02Onde histórias criam vida. Descubra agora