I choose you │Marina fanfic

Capítulo 8: You make it real to me

Vamos para mais um capítulo. Esse ficou mais curtinho, mas eu gosto muito das cenas que fazem parte dele. Ahh, e muito obrigada por cada leitura, cada voto e cada comentário de vocês. 🥰

Há tanta loucura me rodeando

Tanta coisa acontecendo, que fica difícil respirar

Quando toda minha fé foi embora e você a traz de volta pra mim

Você torna as coisas reais pra mim
(James Morrison - You make it real to me)

MAYA

Após a morte repentina de Rigo Vasquez, o grupo teve que encontrar uma psicóloga especialista no tratamento de bombeiros para fazer um relatório de estresse acerca do incidente traumático.
Era final de turno e o time estava quase implorando para ir para casa quando Dra. Diane Lewis chegou. Cada um deles teria um horário com ela e só após isso seria liberado. O time todo expressou sua revolta, mas ao final tiveram que enfrentar a psicóloga.

Já era noite quando Dra. Lewis finalizou o seu trabalho e se dirigiu à sala de Maya. A Capitã se encontrava preocupada com o posicionamento do seu time em relação a ela ter deixado que Jack e Vaquez trabalhassem juntos o que desencadeou a série de eventos trágicos.

De repente, Maya sentiu vontade de se abrir. Não sobre o acidente de Rigo, mas sobre si. Sobre a forma como fora criada para ser uma campeã e não poder falhar nunca e como isso a deixava cansada.

- Eu penso sobre morrer. - Disse Maya à psicóloga.

- Desde a morte de Rigo? - A psicóloga disse pousando a bolsa sobre a cadeira a sua frente.

- Desde que eu tinha 12 anos. Serve quando eu não consigo dormir. Quando eu estou ansiosa. Eu penso sobre morrer e consigo adormecer. -Ela fez uma pausa. Sua cabeça estava em toda sua trajetória desde criança. Se pai nunca permitia que ela descansasse. E mesmo após se tornar independente ela nunca se permitia descansar. - Olhos adiante todo o tempo. É exaustivo. Eu estou exausta. - A bombeira falou com o olhar distante.

- Mas isso é um impulso suicida? Você já pensou seriamente em realmente se machucar?

- Não, é um escape. Quando eu era pequena eu costumava voar por todo o país para encontros de corrida e eu olhava para as nuvens e elas pareciam uma cama. Elas pareciam tão macias. Como se nada pudesse machucar dentro daquelas nuvens. Como se eu pudesse dormir, como se eu pudesse descansar... como se eu pudesse amar. Se apenas eu pulasse dentro daquelas nuvens. A verdade é que eu estou com um pouco de inveja de Rigo agora. - A bombeira simplesmente colocou pra fora esses sentimentos. Sentia-se bem ao se abrir com Carina, mas tinha medo de contar seus mais profundos segredos. Medo que ela percebesse o quão complicado estar com a loira poderia ser. Agora ali na frente da psicóloga, Maya sentia que podia tirar um grande peso de seus ombros.

- Quem te ensinou "Olhos adiante"? - A Dr. Lewis perguntou espremendo os olhos apreensiva.

-Meu pai.

- Você já considerou a possibilidade de que ele estava errado? Maya, não é possível que com tudo o que você alcançou que você aprenda a se deixar descansar e dormir e amar nessa vida ao invés de esperar que a morte te liberte?