I choose you │Marina fanfic

Capítulo 28: I lost you

Lutei por você
O quanto eu pude, isso me fez ainda mais forte
Por isso, me conte os seus segredos
Só não suporto ver você partir

Mas o céu mal podia esperar por você
Não, o céu mal podia esperar por você

Então vá em frente, vá para casa
(Heaven – Beyonce)

"Só fui pegar um café" foi tudo que pude dizer quando voltei e você não estava mais lá. Saí por cinco minutos e, quando voltei, você estava de novo na sala de cirurgia. Você teve um sangramento repentino e a sua pressão caiu drasticamente, eles me disseram.

Eu estava sozinha ali. Maya tinha saído há um tempo para ir até em casa se trocar porque ela ainda tinha sangue em suas roupas e para me trazer uma troca também já que eu vestia um moleton do hospital. Eu me recusava a deixar o hospital. Não queria que você ficasse sozinho nem um instante. Então ela foi sozinha prometendo que voltaria o mais rápido que pudesse. Eu não queria, mas deixei que ela fosse. Eu sabia o quanto ela estava cansada.

Quando recebi a notícia eu pensei em tentar ir até a galeria da sala de cirurgia, mas desisti pois sabia que eles não me deixariam ficar ali então eu voltei à capela e chorei sozinha ajoelhada no chão. Eu implorei para que você não fosse tirado de mim. Eu implorei e implorei até que não tivesse mais lágrimas para chorar.

Maya não demorou muito. Ela voltou e foi informada do que aconteceu e me encontrou na capela. Ela não disse nada, não perguntou por que eu não liguei para ela. Ela apenas me abraçou o mais forte que pôde e eu chorei em seu ombro até o seu casaco estar molhado.

Então, novamente, Ted e Owen entraram na capela e seus rostos disseram tudo que eu não queria ouvir. Mesmo por trás das máscaras eu soube.

"Sinto muito, Carina." disse Owen. "Fizemos tudo o que podíamos, mas havia muito estrago."

Teddy não disse nada. Ela apenas ficou lá olhando para mim com aqueles olhos tristes e avermelhados.

E naquele momento eu estava anestesiada. Por alguns instantes eu podia sentir o sangue correndo em minhas veias e ouvir as batidas do meu coração, mas qualquer outra coisa eram apenas sons abafados. Eu não conseguia sentir nada.

E então eu voltei a mim e simplesmente cai de joelhos porque eu as minha pernas não suportaram o peso do meu corpo. A dor excruciante tomou parte do meu coração. "Não, não, não. Não pode ser. Ele estava bem. Eu falei com ele. Não pode ser. Não. Por favor, me diga que ele está bem. Eu sou sua irmã mais velha. Eu devo protegê-lo. Não, não, não." Eles me agarraram do chão e me levaram para o banco enquanto eu chorava sem parar.

E então eles foram embora e eu continuei a chorar por não sei quanto tempo. Maya permaneceu ao meu lado em silencio não sei se por não saber o que dizer ou por medo de dizer algo.

Eu não sei quanto tempo ficamos ali naquele silencio, mas em certo ponto em senti o calor da mão de Maya erguendo o meu rosto do seu ombro e ela me disse: "É hora de você se despedir dele, meu bem". Eu apenas peguei toda a coragem que me restava e fui vê-lo... pela última vez.

Eu vi você nascer. Vou me lembrar de como me senti naquele dia ensolarado e agora deveria enterrar você. Não é assim que deveria ser. Eu não deveria enterrar meu irmãozinho. E então eu olhei para seu rosto tão pálido. E disse: "Me perdoe, Andrea, por não ser a irmã que você merecia. Me perdoe por não te proteger. Eu falhei. Mas você foi um herói hoje e agora você pode descansar, meu menino. Agora você pode abraçar a Mamma. E você está deixando aqui um monte de gente que ama você e sempre será grato pelo bem que você fez a eles. Você sempre será meu irmão caçula e eu sempre amarei você. Sempre." E então eu tomei a sua mão gelada e cantei para você uma última vez.

Avrai sorrisi sul tuo viso come ad agosto grilli e stelle
Storie fotografate dentro de um álbum rilegato in pelle
Tuoni di aerei supersonici che fanno alzar la testa
E il buio all'alba che si fa d'argento alla finestra ...
...
Avrai Avrai Avrai
Il tuo tempo per andar lontano
Camminerai dimenticando ti fermerai sognando ...
Avrai Avrai Avrai
La stessa mia triste speranza
E sentirai di non avere amato mai abbastanza ...
Se amore amore amore avrai ...

Agora estou em casa e Maya está comigo. E não consigo sentir nada além de uma dor gigantesca e culpa, muita culpa. E eu simplesmente não consigo respirar. Parece que há uma caminhão estacionado no meu peito. Às vezes, eu quero descontar tudo isso em Maya. Eu quero gritar com ela e dizer "Vá para o seu trabalho. Me deixe em paz. Eu não quero comer nada. Eu não quero fazer nada. Eu só quero ficar sozinha." Eu sei que nada disso é culpa dela e também sei que ela não me deixaria aqui sozinha mesmo que eu gritasse com ela. Ela está assustada, mas está me dando espaço. E às vezes eu não sinto que mereça isso. Eu não sinto que mereça que ela cuide de mim dessa forma, que deixe seu trabalho para ficar aqui comigo. A culpa é maior que qualquer sentimento neste momento.

Eu não estou dormindo. Minha cabeça simplesmente não consegue para de criar cenários onde você está vivo. Onde eu consigo te convencer a não entrar na quele trem. A deixar que a polícia faça o seu trabalho. Maya já havia ligado. A polícia já estava a caminho. Por que você tinha eu entrar naquele trem? Por quê? E agora o que eu faço sem você aqui?