Just a dream

Capítulo 13

- Bill! Apareça, por favor! Bill!! - O chamava, aos gritos. Já era fim de tarde, Dipper, juntamente aos meus Tios avôs, foram levar a Wendy de volta para sua casa.

Eu não quis ir, inventei uma desculpa esfarrapada para poder ficar sozinha, com isso, vim atrás do Cipher em busca de respostas.

Corria pela floresta o mais rápido que minhas pernas permitiam, minha garganta arranhava pela altura de voz que estava usando.

Queria respostas, queria saber se foi ou não ele quem tirou as vidas de quatro adolescentes inocentes.

Meus olhos lacrimejam em pensar que a resposta seria sim, ele havia mudado!

Eu sei que sim.

Minha visão ficara turva por conta das lágrimas, me deixando com uma má vista. O que resultou em um tropeço e uma queda.

Ou era isso que eu imaginava que fosse acontecer.

Sinto mãos fortes agarrarem firmemente minha cintura, em seguida me puxando, com certa força, contra o seu dono, me fazendo dar de cara com seu peitoral

Eu conheço esse cheiro.

Esse perfume forte e marcante.

Um perfume exótico.

Era ele, sem dúvidas.

- Estrela Cadente, você é muito estabanada. - Sua risada levemente rouca adentra meus ouvidos como uma melodia. - Eu não estarei sempre presente para te salvar.

Sua voz.

Sua voz me fizera liberar o que tanto controlava, as lágrimas deslizavam pelo meu rosto com maestria, fazendo um caminho molhado sobre minha pele.

Minhas mãos, que se encontravam em seu peito, agarram o seu colete com firmeza, apertando o seu tecido entre meus dedos.

Escondo meu rosto entre elas.

- Bill, por favor, me diga que não fez aquilo. - Falo baixo, minha voz estava embargada pelo choro, não passaria despercebida por ele. - Por favor, diga..

- Hã? Estrelinha, o que quer dizer com isso? O que eu não fiz? - Com seus dedos, ele segura firmemente o meu queixo e me obriga a olha-lo. - Por que estás chorando?

Respiro fundo, tentando conter as lágrimas.

- Por favor, Bill, me diga que você não matou aqueles garotos! Me diga que não matou o irmão da Wendy! - Elevo minha voz, o olhando com seriedade e súplica.

- O que? - Ele parecia ter ficado surpreso, mas sua expressão muda para de ofendido. - Claro que não, Estrelinha, como pôde pensar isso de mim?! Eu te falei que estou mudado! - Esbravejou, me fazendo estremecer. - Não confia em mim?

Sua voz parecia chateada, assim como suas feições. O que eu fiz? Por que eu duvidei dele?

- Confio... - Abaixo a cabeça. - Desculpa Bill. Eu não deveria ter te acusado assim, acho que ainda guardo um pouco de rancor do passado. - Minhas lágrimas molhavam suas vestes. Terei de pedir desculpas por isso também.

- Hey, Estrela Cadente, não se preocupe. - Novamente, ele ergue minha cabeça, me fazendo encara-lo no único olho visível. - Eu sei que fiz coisas ruins no passado, é normal duvidar de mim.

Suas mãos, cobertas por luvas pretas, seguram meu rosto, uma de cada lado, e com extrema delicadeza, ele enxuga minhas lágrimas.

- Para de chorar, você fica mais bela sorrindo. - Seu rosto se aproximara perigosamente do meu. - Seus lábios ficam mais lindos com um sorriso radiante.