Capítulo 29

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Passar esta semana com o Billzinho foi maravilhoso!

Eu sentia muita falta daquele Cipher.

Aquele dia para mim fora um completo pesadelo horrendo. Ver o Weirdmageddon sendo sugado pela fenda, juntamente a todos nós, tais acontecimentos me fizeram perceber imediatamente.

Bill Cipher estava morto.

Vazio.

Apenas sentia um enorme vazio depois desse fatídico dia. A vivência sem o Bill era estranha. Não receber ordens, não receber seus castigos, não ser seu anti-estreasse.

Sempre que o loiro se sentia estressado demais, ele recorria a três válvulas de escape.

Beber e/ou fumar.

Tocar piano.

Eu.

Ele me usava para aliviar o seu estreasse, mesmo que através de torturas. Em poucas vezes, era através do contato carnal. Reencontrar o Cipher depois de tanta dor e sofrimento, fora como um estopim de felicidade.

Eu não queria me separar dele.

Não queria me ver longe dele.

Temia perdê-lo outra vez.

Confesso que, ele está ainda mais atraente na sua forma humana. Quem diria que os humanos poderiam ser tão interessantes assim.

Vê-lo vivo, bem e de volta a ativa, me fizeram perceber que ele era imbatível, fui ingênua demais em achar que teria sido derrotado tão facilmente.

Nesses 5 dias que ficamos lado a lado, eu pude realizar um dos meus maiores desejos: Cuidar do Cipher. Confesso que, tive que me controlar para não abusar do homem enquanto adormecido.

Por mais que a vontade fosse imensa.

Depois que ele fora embora, senti sua falta novamente. Aquele vazio voltara para me assombrar.

Por isso eu decidi fazer-lhe uma surpresa. Iria até o mundo humano, para sua localidade atual mais especificamente, e o daria a melhor noite que ele terá em toda a sua existência.

Neste exato momento, eu esperava o seu retorno. Estava deitada em sua enorme cama de casal - O amarelado sempre gostara de luxos e exageros. -, com apenas uma lingerie rosa avermelhado e um roupão rosa claro por cima.

Os ponteiros do relógio rodaram, até se passarem exatas 2 horas.

Nenhum sinal do meu amado.

Quando eu já estava para perder as esperanças, ouço vozes no andar térreo. De súbito, a alegria me consumira de modo involuntário, mas tal sentimento se esvaia do meu corpo ao escutar uma voz feminina.

- O que achou? - Reconheço de imediato a voz grave e meio rouca do rapaz.

- Muito linda! - Dessa vez, era a voz desconhecida. Uma voz feminina e animada, seu tom meigo e suave. - Combina com você. - Comenta a suposta garota.

- Obrigada, eu sei que sou lindo. - Escuto  suas risadas abafadas atravessarem as pequenas frestas da porta.

Uma vigorosa raiva me consumiu. Sentia meu corpo queimar internamente.

Como ele ousa?! Ele estava me trocando por uma vadia qualquer?

A vontade de matar, seja lá quem fosse a menina, era absurda.

Levantei da cama, abandonando o conforto do seu colchão e o calor dos seus cobertores. Caminhei até a porta de madeira rústica e a abri de forma silenciosa, para então descer degrau por degrau das escadas, sem chegar ao seu fim.

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