Capítulo 26

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- Bill?! - Pergunto desacreditada. Era tanta emoção diferente atordoando a minha mente, que eu já não conseguia conter o choro.

Corri para os seus braços, abraçando-o fortemente, o que nos fez cair deitados na cama.

Sem ao menos pensar.

Sem sequer hesitar.

- Estava com saudades, Estrelinha? - Sinto suas mãos enluvadas tocarem minha cintura com delicadeza. - Sei que eu sou irresistível, mas não precisa se jogar em mim desse jeito. - Ele falou entre risos. Seu sorriso ladino era tão obsceno que me fizera ficar vermelha instantaneamente.

- Idiota! - Eu olhei para o outro lado, evitando ao máximo seu olhar pretensioso. - Óbvio que senti saudades, mas estou começando a preferir que ficasse fora.. - Minha voz saiu em um tom baixo.

Seu sorriso desapareceu em segundos, como poeira em dia de ventania. O olhar dele para mim agora era sério.

Em um rápido movimento, ele inverteu nossas posições, o qual, agora, eu estou por baixo e ele sobre mim, apoiando suas mãos contra o colchão, causando leves ondulações.

- Queria que eu não voltasse, Cadente? - O vejo se aproximar, perigosamente, do meu rosto. Sinto sua respiração quente bater contra meus lábios, já que sua boca estava entreaberta. - Não gosta da minha presença? - Seu olhar era fixo em meus rosados lábios, ele iria me beijar e, confesso, eu queria.

O loiro se aproximava cada vez mais e, por puro instinto, fechei meus olhos castanhos ao aguardo do seu sabor tão viciante. No entanto, nada aconteceu.

- Prefere a companhia do Gleeful? - Sussurrou ao pé do meu ouvido, fazendo todo meu corpo se arrepiar em um espasmo temeroso.

Ele tinha visto.

Isso não é bom.

- Nã-Não, de je-jeito nenhum. - Minha voz estava rouca, minha respiração desregulada. Ele me deixou tentada, desejando por seus calorosos lábios.

- Prefere o beijo dele ao meu? - Indaga, provocando-me de um modo que mais parecia uma tortura. Sua boca roçava na minha, seu respiração aquecia os meus lábios.

Um movimento. Um único movimento para poder sentir-los.

Porém, eu não conseguia me mover.

- Não... - Falo baixo. Minha visão fixava em seus lábios entreabertos, os quais pareciam me chamar, clamando pela quebra de espaço que nos separava.

- Quer que eu te beije, Mabel? - Sua voz, mais rouca que o normal, sussurrava em tom de pergunta. Apenas assenti com a cabeça. - Então admita! Admita gostar mais do meu toque do que de qualquer outro ser vivo. - Seu olhar irradiava luxúria, pareciam estar em chamas. - Admita que apenas eu posso lhe tocar.

Sua boca tocara a minha brevemente.

Sua mão direita agora em meu rosto, me fazendo sentir a textura grossa do couro de sua luva da cor preta. Bill levou seu polegar aos meus lábios, os acariciando, me atiçando cada vez mais.

Seu olhar era cravado em meu rosto.

- Eu admito. - Sentia meu rosto ferver em pura vergonha. - A-Admito gostar do s-seu toque e a-apenas o seu. - Meu corpo ardia em desejo. Nunca sentira algo tão forte assim. - Apenas você pode me tocar!

Vejo um sorriso satisfeito se apossar dos seus lábios atraentes.

- Boa garota. - Enfim, o que eu almejava foi me dado.

O Cipher acabara com toda e qualquer distância existente entre nossos corpos. Seu peso agora recaía sobre mim, contudo eu não me importava, me preocupava mais em apreciar seus macios lábios pressionados nos meus.

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