Capítulo 20

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A luz do sol irradiava pela janela triangular, o canto dos pássaros podia ser ouvido ao fundo. A manhã parecia agradável e fresca, o jeito perfeito de se começar o fim de semana.

Resmungo pela forte claridade em meu rosto, mexendo-me sobre a cama. Lentamente, abro meus olhos, minhas pálpebras ainda pesavam pela sonolência.

Logo sinto um peso em minha cintura.

Percebo serem braços, os quais me abraçavam e apertava, como se eu não fosse mais do que um urso de pelúcia gigante.

O Bill ainda estava aqui.

Não sei ao certo quando eu conseguira pegar no sono. Imaginava que o Cipher teria ido embora pela manhã, e, pelo visto, estava enganada novamente.

Com muito esforço, consigo ficar frente a frente com o loiro.

"Nossa..."

Mechas de seu cabelo amarelo caiam sobre seu alvo rosto, seus lábios entreabertos respiravam de forma calma e sossegada. Parecia até um anjo.

Analiso seus traços, cada detalhe de seu rosto era bem feito. Paro meu olhar em seu tapa-olho, o que será que ele esconde?

Instintivamente, levo minha mão para o local. Seu tapa-olho era de couro, em coloração negra e com formato triangular.

Tal acessório lhe dava um certo charme.

Com cuidado, seguro a ponta entre meus dedos, o erguendo devagar e meio hesitante.

Sinto uma grande mão envolver meu pulso, em seguida seus dedos o apertando.

- O que está fazendo, Estrela Cadente? - O loiro pergunta, ainda com seu olho fechado. Sua voz estava rouca e ainda sonolenta, fato que provocou-me um arrepio desnecessário.

- Eu estava curiosa, queria apenas ver o que esconde por baixo do tapa-olho. - Falo sincera. Sua outra mão ainda me envolvia. O demônio suspira, abrindo seu olho de forma lenta.

- Nada que seja do seu interesse. - Fala sério, provocando um outro arrepio em meu corpo, mas dessa vez, por medo.

- Desculpa... - Falo baixo.

Sou puxada para mais perto, sendo envolvida em um caloroso abraço.

- Não faça mais isso. - Tal pedido apenas me deixara mais curiosa. Seu olhar se volta para mim. - Bom dia, Estrelinha.

- B-Bom dia, Bill. - Ouço um baixo riso vindo do maior. - Se sente melhor?

- Sim. - Diz apenas. - Eu... - Seu rosto se aproxima do meu, deixando-me sem ação. - Gostei bastante de dormir ao seu lado. Você fica linda quando acorda.

Sinto meu rosto ganhar a coloração rubra.

- Tenho que ir. - Se levanta de súbito, me tirando do transe em que eu me encontrava. Sento-me sobre a cama. - Até mais Estrelinha, e fala para o Pinheirinho parar de entrar sem bater.

- O que?

Some diante dos meus olhos, me deixando confusa e atordoada. O que ele queria dizer?

- Bom dia, Mabel! Tivô Stan está te procurando. - Diz Dipper, entrando sem ao menos bater na porta, fazendo-me dar um sobressalto na cama.

- Dipper, não entre no meu quarto sem bater!

- Desculpa, Mabel, eu ouvi sua voz e imaginei que já estivesse acordada há bastante tempo. - Fala, coçando sua nuca, demonstrando estar sem jeito.

Suspiro.

- Tudo bem.

[...]

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