Epílogo

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O belo dia em Gravity Falls trazia alegria para os seus moradores; o céu azul, as nuvens branquinhas, o sol majestoso em sua total glória na imensidão, a brisa fresca que sacolejava as folhagens verdinhas das grandiosas árvores de pinheiro. 

Nas profundezas da extensa floresta conífera, no exato local em que um lago balançava com leveza, em um ritmo calmo que transmitia certa paz. O mesmo local onde houve uma belíssima reconciliação, agora enfeitado por muitos bancos de madeira e penduricalhos artesanais, breguices típicas de uma decoração de casamento.

No início do corredor improvisado pelos assentos, uma jovem sorridente estava; Mabel Pines, ninguém mais, ninguém menos, do que a própria noiva, um dos principais centros do evento. Trajando um vestido pomposo, bem elegante, na cor tão conhecida e clichê que era o branco, embelezado por rendas, digno de uma verdadeira rainha.

A pequena mulher estava deslumbrante, com os seus longos cabelos castanhos presos em um penteado bem elaborado, que com certeza levara horas para ser feito. Sua cabeça sendo enfeitada por uma delicada coroa de prata, que sustentava um enorme véu de seda. Estava banhada de um indiscutível ar angelical.

Ao seu lado, de braço dado com o seu, Stanley Pines acompanhava, já que a morena o escolhera para levar-te até o noivo. O idoso também trajava vestes finas e elegantes, apropriadas para a ocasião formal. Ele tentava, falhando miseravelmente, conter a emoção que tomava o seu peito; a sua pequena garotinha estava para se tornar uma mulher comprometida.

O local tão bem decorado, com seu ar rústico e natural, deixando tudo ainda mais perfeito aos olhos amendoados da pequena Pines. Não poderiam casar em uma igreja, afinal o seu noivo era o demônio mais temido das galáxias, seria um insulto para a crença religiosa e para o próprio loiro.

Exibindo o seu mais grandioso sorriso, a jovem lutava contra a vontade de chorar que embrulhava o seu estômago. Oh céus! Estava para se casar, finalmente iria selar o seu relacionamento com quem tanto amava. Era uma sensação única, indescritível, se tentasse por em palavras, ela acabaria por desabar em lágrimas emotivas.

Firmou mais o aperto envolta dos caules aglomerados e presos por um laço, seus dedos frios brincavam com a fita branca do buquê de rosas amarelas e cor-de-rosa. O perfume adocicado que vinha das pétalas a inebriava, mas não o suficiente para tirar o nervosismo que a consumia.

Quando enfim chegaram ao altar improvisado de madeira, o mais velho entregou a sua mão direita para o loiro, que a pegou prontamente, enroscando seus dedos uns nos outros, dando-lhe um raro e aberto sorriso. Depositou um rápido selar na pele das costas de sua mão, trazendo-a para mais perto e ficando frente à frente, encarando o par de olhos escuros brilhosos que mostravam reciprocidade. 

O padre, ou melhor dizendo, o cientista, mais conhecido como Stanford Pines, ou autor dos diários, deu início à cerimônia, proferindo o discurso de juramento, para, por fim, fazer a famosa pergunta que decidiria o futuro do matrimônio. A resposta positiva vinda de ambos era inevitável. 

Após trocarem as alianças de ouro, o beijo de selamento foi dado; a garota teve a sua cintura envolvida pelas mãos firmes e enluvadas do demônio, que puxou o pequeno corpo contra o seu, extinguindo toda distância entre eles, para então dar o beijo apaixonado e intenso que queria, sem sequer se importar com o pudor e os olhos alheios.

Fora instintivo o fechar de olhos para apurar os seus outros sentidos, assim podendo se deleitar das mais instigantes sensações que o beijo dele lhe trazia. Não sentia mais os lábios acalorados, estava tão imersa naquela troca de afeto que mal percebeu quando teve fim. Suas pálpebras abriram em letargia, mas o que seus olhos viram não fora o que esperava.

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