Hole in my soul

Confrontation

Então gente me pediram briga e eu trouxe. Mas prometo que o próximo capítulo vai ser amorzinho e amorzinho no presente tá. Não só amorzinho em flashback juro. Ainda tem muito sofrimento porém os dias de glória vem.

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— Mãe. — Sabrina chamou quando a ruiva estava saindo para o trabalho. A mulher se virou para a adolescente.

— Sim, Sabrina? Eu estou um pouco atrasada, você precisa de alguma coisa?

A garota pareceu insegura quando negou com a cabeça.

— Tem certeza? Eu posso ficar por mais cinco minutos. — Zelda ofereceu e novamente a loira negou.

— Está tudo bem. A gente pode conversar quando você voltar do trabalho.

A garota deu um beijo na bochecha de sua mãe antes de voltar para a cozinha. Zelda sorriu e seguiu seu caminho para o trabalho, apressada. Hoje chegaria uma enfermeira nova no hospital e ela estava animada com isso. Pois não se tratava de qualquer pessoa, se tratava de sua única amiga em Greendale - além de Mary - que tinha se mudado há alguns anos. Quando Constance lhe ligou dizendo que estava voltando para a cidade e que voltaria a trabalhar no hospital com ela, a ruiva ficou quase eufórica. Ela sentia falta da presença de Constance, ainda mais no trabalho. Ela sendo a única amiga que ela fez na época da faculdade. A ruiva sentia falta de ter uma amiga no trabalho, Constance fez o estágio ser bem mais suportável. Lógico que ela tinha algumas colegas no trabalho que ela até suportava, mas nenhuma amiga. Não por falta de esforço de suas colegas, ela apenas sempre foi fechada demais. A Spellman fez uma nota mental para se deixar entrosar mais com suas colegas, pelo menos o grupo que ela tinha certo apreço.

[...]

Lilith se encontrava em sua sala revisando suas anotações para a próxima aula, terminando de dar nota para alguns trabalhos. Não era nada de extrema urgência, mas ela preferia terminar logo com isso. Felizmente hoje ela não teria que ver a matriarca Spellman. O último encontro das duas tinha sido um tanto.... Inadequado. Começando pelas brigas delas e depois com aquele momento... Tinha sido bastante constrangedor, o quão similar foi...

Sua mente divagou tão distante do presente que a mulher se assustou com o barulho de alguém em sua porta. Ajeitou sua postura antes de falar para a pessoa entrar. E quando seus olhos caíram na Spellman entrando em sua sala, ela rapidamente se pôs de pé.

— Sabrina, Oi. — Ela disse muito rápido e sem jeito.

— Senhorita Wardwell, oi. — a adolescente respondeu pausadamente, estranhando a agitação da professora.

A mulher dobrou seu braço, levando sua mão até sua cabeça e coçando sua nuca, apenas para estica-lo de novo em um movimento rápido apontando a cadeira a frente de sua mesa.

— Sente-se.

Sabrina tentou ignorar a estranheza de sua professora, mas não podia deixar de notar como a morena estava agitada e com o rosto meio avermelhado.

— Você está bem?

A morena soltou uma risada nervosa.

— Ora, sim. Claro que estou. — decidindo por mudar o assunto, a professora continuou. — e o que a traz aqui?

A garota sentou na cadeira próxima a mesa e deu de ombros. Ela estava mexendo em alguns papéis, parecendo frustrada.

— Só problemas com um trabalho de artes. — A garota disse. A mais velha sabia muito bem que a garota estava mentindo, o trabalho não era o real motivo de ela estar ali. Mas ela deixaria a garota enrolar falando do trabalho se era o que a jovem precisava para se sentir confortável para falar o que realmente queria. — Nós deveríamos tentar reproduzir um desenho que fizemos na infância.