What was missing

457 62 206
                                    

Juro que agora vai ter momentos felizes. O último cap bad...

xx

--



Lilith estava passando mal a semana toda, mas isso não era a única coisa que preocupava a enfermeira, sua noiva estava estranha. Ela estava agindo diferente há pelo menos um mês, claro que ela havia tentado conversar com a mulher mas não conseguiu saber de nada. Ela sentia que a morena escondia algo dela, no entanto, o que mais a preocupava era a tristeza que sua noiva carregava. Lilith era sempre alegre, sempre brincando ou perturbando as pessoas a sua volta. Ela não provocava a ruiva mais, ela estava retraída, estranhamente silenciosa e só ficava no quarto delas. Zelda vinha fazendo de tudo para animá-la, mas seus esforços pareciam deixar a mulher mais triste. A ruiva já tinha sugerido que a morena fosse em um psicólogo, sugestão essa que foi negada logo de cara. E ela já não sabia mais o que fazer. Ela estava profundamente preocupada e agora com o mal estar da mulher, a enfermeira pensava que a mente estava adoecendo seu corpo também. Naquela manhã, Zelda preparou uma bandeja com um café da manhã leve para sua mulher. Não bem preparou, ela arrumou uma bandeja, já que sua comida não era apreciada por ninguém daquela família de ingratos. A Spellman tinha na cabeça que era o gesto que importava e, com esse pensamento, ela subiu com a bandeja até seu quarto, levando o café da manhã para servir sua noiva na cama. Ela acordou a morena com delicadeza, não querendo assustá-la ou a deixá-la com um mau humor. A mulher se remexeu na cama antes de acordar, ela demorou alguns instantes para notar a bandeja de café da manhã e se sentar na cama com um meio sorriso.

— Você não precisava...

— Foi feito pela Hilda, eu só arrumei as coisas.

Zelda explicou e a morena assentiu.

— Então, obrigada.

Ela sorriu, bebendo seu suco. Zelda rolou os olhos.

— Amor...

Zelda chamou, a morena murmurou algo em resposta mas não a olhou.

— Olha para mim.

A morena levantou o olhar e Zelda suspirou.

— Você não está bem.

Lilith fez uma careta.

— Claro que estou.

— Não, Lilith. Você quase não sai do quarto, você não sorrir, não brinca... você nem me perturba mais.

— Isso não é verdade.

— Eu só quero saber se algo aconteceu para poder te ajudar.

Zelda pegou na mão dela.

— Eu estou bem, Zelda.

— Você não está feliz. — afirmou. — Me parece que você está deprimida, mas se for algo que eu fiz..

— Não, Zelda, o problema não é você.

A morena se apressou em dizer.

— Então me diz o que é.

A professora desviou o olhar, parecendo nervosa. Zelda apertou sua mão e depois a beijou.

— Você é a mulher mais forte que eu conheço. — a ruiva disse com um olhar de pura adoração pela mulher a sua frente. — Você consegue superar isso, seja lá o que for e eu estarei aqui para te ajudar no que eu puder.

Os olhos da morena se encheram de lágrimas, ela nunca se sentiu tão amada quanto quando Zelda a olhava daquele jeito.

— Eu tenho medo de perder você.

Hole in my soul Onde histórias criam vida. Descubra agora